A estrutura prosódica das disfluências em português brasileiro
Este artigo trata de buscar as tendências de ocorrência de disfluências (repetições hesitativas e alongamentos vocálicos não-enfáticos) no interior dos domínios prosódicos do enunciado. Usando modelos de Fonologias Prosódica e Entoacional, aplicado a um corpus de um trecho de fala espontânea, verifi...
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Universidade Estadual de Campinas
2012-07-01
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Series: | Cadernos de Estudos Lingüísticos |
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doaj-be7c7757a60d4fd6981e98fcc991ac542021-06-21T13:16:41ZporUniversidade Estadual de CampinasCadernos de Estudos Lingüísticos2447-06862012-07-0154110.20396/cel.v54i1.86369694680A estrutura prosódica das disfluências em português brasileiroEster Mirian Scarpa0Flaviane Fernandez-Svartsman1Universidade Estadual de CampinasUniversidade de São PauloEste artigo trata de buscar as tendências de ocorrência de disfluências (repetições hesitativas e alongamentos vocálicos não-enfáticos) no interior dos domínios prosódicos do enunciado. Usando modelos de Fonologias Prosódica e Entoacional, aplicado a um corpus de um trecho de fala espontânea, verifica-se: (i) que as repetições e alongamentos hesitativos se dão com maior frequência com clíticos prosódicos; (ii) que repetições hesitativas não envolve cabeça de frase fonológica de frase entoacional e, se a repetição hesitativa envolve a palavra fonológica, esta é sempre não cabeça de frase fonológica ou frase entoacional; (iii) que há abaixamento de tessitura do contorno entoacional dos trechos com repetições hesitativas, fenômeno já notado por Viscardi (2012); e (iv) que depois das repetições hesitativas, é grande a incidência de atribuição de configuração tonal de foco encontrada em português brasileiro (H*+L ou L*+H L-). Trechos hesitativos, considerados na literatura como marcas de “disfluência”, fazem parte da dinâmica da fala e da elaboração do texto oral. Se, por um lado, sua ocorrência é imprevisível no discurso (embora cíclica), quando ocorrem, não são aleatórios prosodicamente.https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8636969Disfluências. Análise Prosódica. Fala Espontânea. |
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Ester Mirian Scarpa Flaviane Fernandez-Svartsman |
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Este artigo trata de buscar as tendências de ocorrência de disfluências (repetições hesitativas e alongamentos vocálicos não-enfáticos) no interior dos domínios prosódicos do enunciado. Usando modelos de Fonologias Prosódica e Entoacional, aplicado a um corpus de um trecho de fala espontânea, verifica-se: (i) que as repetições e alongamentos hesitativos se dão com maior frequência com clíticos prosódicos; (ii) que repetições hesitativas não envolve cabeça de frase fonológica de frase entoacional e, se a repetição hesitativa envolve a palavra fonológica, esta é sempre não cabeça de frase fonológica ou frase entoacional; (iii) que há abaixamento de tessitura do contorno entoacional dos trechos com repetições hesitativas, fenômeno já notado por Viscardi (2012); e (iv) que depois das repetições hesitativas, é grande a incidência de atribuição de configuração tonal de foco encontrada em português brasileiro (H*+L ou L*+H L-). Trechos hesitativos, considerados na literatura como marcas de “disfluência”, fazem parte da dinâmica da fala e da elaboração do texto oral. Se, por um lado, sua ocorrência é imprevisível no discurso (embora cíclica), quando ocorrem, não são aleatórios prosodicamente. |
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