Uma etnografia do galanteio nos terrenos da ficção: afinidades eletivas entre antropologia e literatura
Este artigo tem por principal objetivo discutir algumas afinidades entre antropologia e literatura. Para isso, o romance A Moreninha (1844), de Joaquim Manuel de Macedo, é recuperado com o propósito de mostrar como certas obras literárias podem ser lidas, para além de seu carácter ficcional, c...
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Universidade de São Paulo (USP)
2014-11-01
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doaj-be4fe997041b4b42af556bb328f39b0c2020-11-25T03:22:58ZporUniversidade de São Paulo (USP)Revista de Antropologia0034-77011678-98572014-11-0157110.11606/2179-0892.ra.2014.87764Uma etnografia do galanteio nos terrenos da ficção: afinidades eletivas entre antropologia e literaturaAlessandra El Far0Universidade Federal de São Paulo Este artigo tem por principal objetivo discutir algumas afinidades entre antropologia e literatura. Para isso, o romance A Moreninha (1844), de Joaquim Manuel de Macedo, é recuperado com o propósito de mostrar como certas obras literárias podem ser lidas, para além de seu carácter ficcional, como etnografias da vida social. Essa história de amor não apenas discorre sobre os ideais românticos de um jovem casal. Ela também oferece aos seus leitores um quadro dinâmico no qual é possível identificar as tensões, disputas e os valores compartilhados em torno do casamento por um grupo seleto de moças e rapazes advindos da elite urbana do Brasil imperial. Por fim, esse artigo elucida, igualmente, a maneira pela qual alguns antropólogos tomaram de empréstimo a narrativa literária para reconhecer na monografia nascida do trabalho de campo um discurso subjetivo sobre realidade. http://www.revistas.usp.br/ra/article/view/87764Antropologia e literaturaetnografiadiscurso socialsubjetividadenamoroséculo XIX |
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