Utopias revolucionárias e educação pública: rumos para uma nova "cidade ética" Revolutionary utopia and public education: paths for a new "ethic city"
Na Revolução Francesa, o confronto dos projetos de reforma educacional deu continuidade ao debate inaugurado pelos Enciclopedistas, traduzindo em políticas públicas os diferentes pontos de vista. A ala mais progressista das correntes liberais propunha o acesso universal à instrução, para propiciar o...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Centro de Estudos Educação e Sociedade (CEDES)
2007-10-01
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Series: | Educação & Sociedade |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302007000300005 |
Summary: | Na Revolução Francesa, o confronto dos projetos de reforma educacional deu continuidade ao debate inaugurado pelos Enciclopedistas, traduzindo em políticas públicas os diferentes pontos de vista. A ala mais progressista das correntes liberais propunha o acesso universal à instrução, para propiciar oportunidades iguais e autonomia aos indivíduos-cidadãos. Outras correntes, inspirando-se na crítica de Jean-Jacques Rousseau à sociedade competitiva, identificavam na política educacional o principal instrumento de combate à cultura impregnada pelo individualismo, privilegiando a formação moral e coletiva. Este artigo examina aspectos do debate iniciado na França revolucionária e seus ecos entre reformadores do século XIX, apontando para alguns dos desafios atuais da educação pública, no que diz respeito à construção de um acesso efetivamente universal e de um saber autônomo e crítico em relação às determinações do mercado e à cultura competitiva.<br>During the French Revolution, the confrontation of educational reform projects was a continuation of the debate inaugurated by the Encyclopedists, by translating the different points of view in public policies. On the one hand, the more progressive wing of the liberal trends proposed universal access to education to offer equal opportunities and autonomy to the individuals-citizens. Inspired by Jean-Jacques Rousseau's critics to the competitive society, other trends saw educational policies as the main instrument to fight against a culture impregnated with individualism, by privileging moral and collective training. This paper explores aspects of the debate that began in revolutionary France and its echoes among the XIXth century reformers of public education. It points out some of the current challenges for public education in what regards building an actually universal access and an autonomous knowledge that can be critical of the market determinations and to the competitive culture. |
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ISSN: | 0101-7330 1678-4626 |