Trabalho, Intersubjetividade e Síntese da Sociedade: uma crítica ao conceito de trabalho na teoria habermasiana da década de 1960
O objetivo do presente artigo é abordar criticamente uma das bases fundamentais da teoria de juventude de Jürgen Habermas: o conceito de trabalho. Habermas retoma a categoria trabalho presente nos textos de Marx, concebendo-a de modo a reduzir sua esfera de ação à subsistência genérica da humanidade...
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doaj-bd24394dde664b76af32a927cba5bcc02020-11-25T00:17:44ZdeuUniversidade Federal do Rio Grande do NortePrincípios0104-86941983-21092015-10-0122382332785820Trabalho, Intersubjetividade e Síntese da Sociedade: uma crítica ao conceito de trabalho na teoria habermasiana da década de 1960Vinicius dos Santos Xavier0UFSCarO objetivo do presente artigo é abordar criticamente uma das bases fundamentais da teoria de juventude de Jürgen Habermas: o conceito de trabalho. Habermas retoma a categoria trabalho presente nos textos de Marx, concebendo-a de modo a reduzir sua esfera de ação à subsistência genérica da humanidade. Para tanto, é importante evidenciar, em primeiro lugar, como Habermas compreende tal categoria e, consequentemente, como interpreta a constituição da sociedade na teoria marxiana. Em seguida, trata-se de voltar aos textos de Marx, mormente os Grundrisse e outros textos de maturidade, visando evidenciar a dialética do trabalho social de cunho especificamente capitalista. Por último, a maneira como Habermas compreende e critica Marx é fundamental para a concepção de sua teoria no que tange à esfera pública, à formação privada através da intersubjetividade e à emancipação. Neste sentido, a teoria habermasiana firma a práxis transformadora fora do âmbito da perspectiva da totalidade engendrada pela dialética trabalho-capital, tal como estaria presente nos textos de Marx. Isto tem consequências profundas em relação ao alcance da proposta emancipatória de Habermas. Intenta-se, então, confrontar a leitura habermasiana com aquelas de cunho dialético-materialista e apontar as deficiências teóricas em torno do descolamento da práxis para o domínio da interaçãohttps://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/7186HabermasMarxTrabalhoAção InstrumentalPráxis. |
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O objetivo do presente artigo é abordar criticamente uma das bases fundamentais da teoria de juventude de Jürgen Habermas: o conceito de trabalho. Habermas retoma a categoria trabalho presente nos textos de Marx, concebendo-a de modo a reduzir sua esfera de ação à subsistência genérica da humanidade. Para tanto, é importante evidenciar, em primeiro lugar, como Habermas compreende tal categoria e, consequentemente, como interpreta a constituição da sociedade na teoria marxiana. Em seguida, trata-se de voltar aos textos de Marx, mormente os Grundrisse e outros textos de maturidade, visando evidenciar a dialética do trabalho social de cunho especificamente capitalista. Por último, a maneira como Habermas compreende e critica Marx é fundamental para a concepção de sua teoria no que tange à esfera pública, à formação privada através da intersubjetividade e à emancipação. Neste sentido, a teoria habermasiana firma a práxis transformadora fora do âmbito da perspectiva da totalidade engendrada pela dialética trabalho-capital, tal como estaria presente nos textos de Marx. Isto tem consequências profundas em relação ao alcance da proposta emancipatória de Habermas. Intenta-se, então, confrontar a leitura habermasiana com aquelas de cunho dialético-materialista e apontar as deficiências teóricas em torno do descolamento da práxis para o domínio da interação |
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