Máquina veloz/máquina voraz: tópicos que permitem um cânone?
A transformação técnica do objeto artístico, de seu caráter de culto à embalagem mercadológica, proporciona a abertura das comportas da produção e as “artes” se proliferam. E todas as suas manifestações se contagiam e incorporam os ingredientes técnicos da época, de certa forma, corporificados na ex...
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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
2012-12-01
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doaj-bd1c216cd6ea4fd1b2b3da53cc1e6aa12020-11-24T20:40:19ZporPontifícia Universidade Católica de São PauloFronteiraZ1983-43732012-12-01092712779619Máquina veloz/máquina voraz: tópicos que permitem um cânone?Dilma Beatriz Rocha JulianoA transformação técnica do objeto artístico, de seu caráter de culto à embalagem mercadológica, proporciona a abertura das comportas da produção e as “artes” se proliferam. E todas as suas manifestações se contagiam e incorporam os ingredientes técnicos da época, de certa forma, corporificados na expressão “indústria cultural”: principalmente no descontínuo, na fragmentação e na possibilidade de reprodução. É a indústria que produz, modula, absorve, enfim, regula a produção cultural finissecular, intensificando-se na velocidade da máquina. Sendo assim é compreensível o “mix” cultural, no qual o ritmo humano é substituído pela voracidade maquínica que quer sempre mais, e mais de tudo e não só do bom e do melhor. Este artigo pretende trabalhar na perspectiva do fluxo contínuo da produção da indústria cultural que redobra a tarefa crítica de separar o joio do trigo, ou seja, pressupõe uma revisão profunda dos paradigmas utilizados para “elevar” uma obra ao cânone. Ou ainda, propõe-se a refletir se, neste contexto no qual o tempo da percepção humana – tanto de criação como de fruição – é suplantado pelo utilitarismo da máquina, é possível sustentar a ideia de cânone.https://revistas.pucsp.br/fronteiraz/article/view/13043CânoneCrítica Literária ContemporâneaIndústria Cultural |
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A transformação técnica do objeto artístico, de seu caráter de culto à embalagem mercadológica, proporciona a abertura das comportas da produção e as “artes” se proliferam. E todas as suas manifestações se contagiam e incorporam os ingredientes técnicos da época, de certa forma, corporificados na expressão “indústria cultural”: principalmente no descontínuo, na fragmentação e na possibilidade de reprodução. É a indústria que produz, modula, absorve, enfim, regula a produção cultural finissecular, intensificando-se na velocidade da máquina. Sendo assim é compreensível o “mix” cultural, no qual o ritmo humano é substituído pela voracidade maquínica que quer sempre mais, e mais de tudo e não só do bom e do melhor. Este artigo pretende trabalhar na perspectiva do fluxo contínuo da produção da indústria cultural que redobra a tarefa crítica de separar o joio do trigo, ou seja, pressupõe uma revisão profunda dos paradigmas utilizados para “elevar” uma obra ao cânone. Ou ainda, propõe-se a refletir se, neste contexto no qual o tempo da percepção humana – tanto de criação como de fruição – é suplantado pelo utilitarismo da máquina, é possível sustentar a ideia de cânone. |
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