Summary: | Neste artigo, busca-se estabelecer um diálogo com Freire em torno da sua praxiologia. Partimos da ideia de inacabamento e incompletude do ser humano para uma visão da história como possibilidade, em que se pode criar espaço para a co-laboração através do diálogo com as outras pessoas e mediatizado pelo mundo. Trazemos à colação um conjunto de articulações entre Freire e outros autores bem como estabelecemos pontos de contacto entre o pensamento freiriano e algumas pensadoras feministas, no que concerne a introdução de uma linguagem amiga-do-género e a complexificação do conceito de opressão. Com um enraizamento na palavra, no diálogo e na práxis, exploramos o constructo de uma educação problematizadora e libertadora tendente à humanização dos processos educativos e à acentuação da produção social e cultural. Tem-se em conta, nesta análise, a emergência de contextos sociais em que a opressão e quem é oprimido ganham novos contornos, reclamando uma reconceptualização.
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