A Libertação da Natureza?
Este artigo apresenta a concepção marcuseana de “libertação da natureza”. Isto porque na maior parte da teoria marxista, a noção de libertação limita-se aos seres humanos, mas no pensamento de Marcuse não há separação entre humano e o natural. Dessa maneira, Marcuse prevê uma reconciliação com a nat...
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Universidade Federal de Ouro Preto
2017-04-01
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doaj-bc2f4f6b61584c1494b0e0f43ab9ad912021-06-22T13:28:02ZengUniversidade Federal de Ouro Preto Artefilosofia1809-82742526-78922017-04-01815A Libertação da Natureza?Andrew FeenbergEste artigo apresenta a concepção marcuseana de “libertação da natureza”. Isto porque na maior parte da teoria marxista, a noção de libertação limita-se aos seres humanos, mas no pensamento de Marcuse não há separação entre humano e o natural. Dessa maneira, Marcuse prevê uma reconciliação com a natureza por meio de uma nova prática técnica baseada em uma forma estética de objetividade. Ele busca legitimar a natureza experimentada, incorporando-a no processo histórico, em oposição à construção a-histórica da natureza na ciência. Ao mesmo tempo, ele não invalida o conhecimento científico e tecnológico, que ele admite ser essencial para qualquer sociedade moderna, incluindo uma sociedade socialista. Assim, a experiência é revalorizada, não em oposição à ciência, mas como um campo ontológico alternativo que interpenetra e coexiste com a ciência e reivindica seus próprios direitos e importância.https://www.periodicos.ufop.br/raf/article/view/530 |
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Este artigo apresenta a concepção marcuseana de “libertação da natureza”. Isto porque na maior parte da teoria marxista, a noção de libertação limita-se aos seres humanos, mas no pensamento de Marcuse não há separação entre humano e o natural. Dessa maneira, Marcuse prevê uma reconciliação com a natureza por meio de uma nova prática técnica baseada em uma forma estética de objetividade. Ele busca legitimar a natureza experimentada, incorporando-a no processo histórico, em oposição à construção a-histórica da natureza na ciência. Ao mesmo tempo, ele não invalida o conhecimento científico e tecnológico, que ele admite ser essencial para qualquer sociedade moderna, incluindo uma sociedade socialista. Assim, a experiência é revalorizada, não em oposição à ciência, mas como um campo ontológico alternativo que interpenetra e coexiste com a ciência e reivindica seus próprios direitos e importância. |
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