Independência funcional de indivíduos hemiparéticos crônicos e sua relação com a fisioterapia

INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) constitui uma das principais causas de internações e mortalidade, causando, em cerca de 90% dos sobreviventes, algum tipo de deficiência, seja ela parcial ou total. Os comprometimentos funcionais variam de um indivíduo para o outro e o desempenho das...

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Main Authors: Marina Bessi Fernandes, Dinalva Lacerda Cabral, Renata Janaína Pereira de Souza, Hamilton Yoshiaki Sekitani, Luci Fuscaldi Teixeira-Salmela, Glória Elizabeth Carneiro Laurentino
Format: Article
Language:English
Published: Editora Champagnat
Series:Fisioterapia em Movimento
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-51502012000200011&lng=en&tlng=en
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spelling doaj-bb9b6e63d0444268a93d6d47c412336b2020-11-25T02:40:33ZengEditora Champagnat Fisioterapia em Movimento1980-591825233334110.1590/S0103-51502012000200011S0103-51502012000200011Independência funcional de indivíduos hemiparéticos crônicos e sua relação com a fisioterapiaMarina Bessi Fernandes0Dinalva Lacerda CabralRenata Janaína Pereira de Souza1Hamilton Yoshiaki Sekitani2Luci Fuscaldi Teixeira-Salmela3Glória Elizabeth Carneiro Laurentino4Universidade Federal de PernambucoUniversidade Federal de PernambucoUniversidade Federal de PernambucoUniversidade Federal de Minas GeraisUniversidade Federal de PernambucoINTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) constitui uma das principais causas de internações e mortalidade, causando, em cerca de 90% dos sobreviventes, algum tipo de deficiência, seja ela parcial ou total. Os comprometimentos funcionais variam de um indivíduo para o outro e o desempenho das habilidades de atividades de vida diária (AVD) são fortemente prejudicados. OBJETIVOS: Avaliar a independência funcional de indivíduos na fase crônica após AVE e verificar a sua relação com a realização de tratamento fisioterapêutico. MATERIAIS E MÉTODOS: A amostra constou de 69 hemiparéticos crônicos com média de idade de 64-65 anos. Para avaliar a funcionalidade, utilizou-se a Medida de Independência Funcional (MIF) e foram determinados os efeitos "chão" e "teto". A análise estatística incluiu o teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov, média e desvio-padrão, e o teste de Mann-Whitney. RESULTADOS: Segundo o domínio motor da MIF, o item "controle de esfíncteres (fezes)" apresentou o maior número de indivíduos realizando de forma totalmente independente (88,4%) e o item "subir e descer escadas" foi o que obteve menor escore. Todos os itens do domínio cognitivo obtiveram médias superiores a 6,4 pontos. Foi encontrado elevado efeito teto para ambos os domínios, motor e cognitivo. Apenas a dimensão transferências diferiu significativamente entre os que faziam e os que não faziam fisioterapia (p = 0,01). CONCLUSÃO De modo geral, não houve relação entre a independência funcional e a realização da fisioterapia. Entretanto, o elevado efeito teto pode ter interferido nos resultados, sugerindo limitação da MIF em discriminar os indivíduos avaliados.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-51502012000200011&lng=en&tlng=enAcidente Vascular EncefálicoMedida da Independência FuncionalFisioterapia
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