Summary: | O artigo problematiza os modos de enfrentamento das questões sobre o pensamento em educação, a partir da experiência brasileira do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Considerando a relevância política desse exame, sobretudo em relação às atuais condições de acesso ao ensino superior, tal prática efetiva-se simultaneamente como avaliativa e curricular. A partir de uma perspectiva teórica que afirma as implicações entre linguagem e poder, a análise fundamenta-se no pensamento de Friedrich Nietzsche e Michel Foucault, particularmente quanto à questão da produção de conhecimento e seus atuais efeitos frente à configuração do pensamento na sociedade. Apontamos que as discussões dos autores contribuem para o atual debate sobre a qualidade da educação básica e superior, pois incitam a problematização dos aspectos de recognição e performance presentes nessa prática educacional.
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