Summary: | Este estudo problematiza as relações de saber-poder em que se inscrevem as políticas de hospitalidade direcionadas ao acesso de estudantes refugiados às universidades públicas brasileiras nos últimos anos. A análise dedica-se à abordagem da materialidade linguística de documentos institucionais que regulamentam esse ingresso, buscando compreender, pelo diálogo entre os estudos da psicanálise, da desconstrução e do discurso, os efeitos de sentido decorrentes do discurso institucional. Os recortes discutidos apontam para o caráter normativo e prescritivo desse discurso e permitem a reflexão sobre o papel exercido pela língua portuguesa como principal condicionante que, ao mesmo tempo, possibilita e impossibilita o acesso de pessoas em situação de refúgio à universidade brasileira.
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