Da crítica à superquadra ao quarteirão murado: o caso de Águas Claras em Brasília
Este artigo discute processos envolvidos na transformação da materialidade de Águas Claras, bairro planejado em Brasília, Distrito Federal, cujo projeto aspirava mimetizar as ruas e as avenidas com largas calçadas típicas das ditas “cidades tradicionais” em contraposição ao modelo urbanístico de ma...
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Universidade de São Paulo (USP)
2021-06-01
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Series: | Pós: Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP |
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doaj-bb333b993f2e47789312f4e6357823952021-06-23T16:03:58ZengUniversidade de São Paulo (USP)Pós: Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP1518-95542317-27622021-06-012852Da crítica à superquadra ao quarteirão murado: o caso de Águas Claras em BrasíliaLucas Brasil Pereira0Luciana Saboia Fonseca Cruz1Universidade de Coimbra/ Universidade de BrasíliaUniversidade de Brasília Este artigo discute processos envolvidos na transformação da materialidade de Águas Claras, bairro planejado em Brasília, Distrito Federal, cujo projeto aspirava mimetizar as ruas e as avenidas com largas calçadas típicas das ditas “cidades tradicionais” em contraposição ao modelo urbanístico de matriz modernista – amplos espaços verdes, vias separadas dos fluxos de pedestres e edifícios isolados – que caracteriza o Plano Piloto de Brasília, localizado apenas a 19 quilômetros do sítio analisado. Para além da crítica estabelecida acerca de Brasília enquanto tema urbanístico, Águas Claras caracteriza-se como ruptura na paisagem metropolitana da região, antes marcada pela horizontalidade de suas cidades satélites e pela ocupação dispersa no território. A intensa verticalização, muito superior aos 12 pavimentos previstos inicialmente no projeto de Paulo Zimbres contratado em 1991, configura quadras muradas como pequenos condomínios fechados, apesar das premissas de profusos espaços públicos em seu projeto. Este estudo discute as ambiguidades do projeto enquanto narrativa de disputa e conflito que (re)configura o território e a paisagem ao longo do tempo. Surgem como conclusões principais a maneira pela qual a questão do projeto atravessa modelos urbanísticos substancialmente distintos... https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/175043Águas ClarasBrasíliaProjeto urbanoSuperquadraMuros |
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Lucas Brasil Pereira Luciana Saboia Fonseca Cruz |
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Este artigo discute processos envolvidos na transformação da materialidade de Águas Claras, bairro planejado em Brasília, Distrito Federal, cujo projeto aspirava mimetizar as ruas e as avenidas com largas calçadas típicas das ditas “cidades tradicionais” em contraposição ao modelo urbanístico de matriz modernista – amplos espaços verdes, vias separadas dos fluxos de pedestres e edifícios isolados – que caracteriza o Plano Piloto de Brasília, localizado apenas a 19 quilômetros do sítio analisado. Para além da crítica estabelecida acerca de Brasília enquanto tema urbanístico, Águas Claras caracteriza-se como ruptura na paisagem metropolitana da região, antes marcada pela horizontalidade de suas cidades satélites e pela ocupação dispersa no território. A intensa verticalização, muito superior aos 12 pavimentos previstos inicialmente no projeto de Paulo Zimbres contratado em 1991, configura quadras muradas como pequenos condomínios fechados, apesar das premissas de profusos espaços públicos em seu projeto. Este estudo discute as
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