Variação da pressão arterial em trabalhadores de uma siderúrgica
Com o objetivo de estudar a evolução da pressão arterial ao londo da vida ativa de nove categorias de trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional de Volta Redonda (Rio de Janeiro, Brasil), foi analisada uma amostra de 426 homens, através das fichas do serviço médico. Destas fichas, foram coletad...
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Published: |
Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz
1986-06-01
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Series: | Cadernos de Saúde Pública |
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Carlos Henrique Klein Evandro da Silva Freire Coutinho Luiz Antonio Bastos Camacho |
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Com o objetivo de estudar a evolução da pressão arterial ao londo da vida ativa de nove categorias de trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional de Volta Redonda (Rio de Janeiro, Brasil), foi analisada uma amostra de 426 homens, através das fichas do serviço médico. Destas fichas, foram coletadas as pressões registradas na admissão na empresa e no último exame de rotina. Cerca de 90% dos trabalhadores tinham idades entre 20 e 50 anos em qualquer das medidas e o intervalo médio entre estas foi de 13,5 anos para aqueles com pelo menos 5 anos de atividade. Não foi possível rejeitar a homogeneidade das idéias de incrementos anuais de sistólica e diastólica entre os grupos ocupacionais. Em relação às variações observadas, houve incrementos estatisticamente significativos na sistólica apenas para os trabalhadores de escritório e almoxarifado, laboratório e controle de qualidade, com pelos menos 5 anos de atividade. Quanto à diastólica, as categorias que sofreram incremento significativo foram escritório e almoxarifado, maquinaria e ocupações específicas da produção, eletro-mecânicas de manutenção, construção civil, transporte e comunicações e trabalhadores não-qualificados. Também foi analisada a passagem destes trabalhadores de um status de pressão normal para outro de pressão mais elevada (sistólica 140 ou diastólica 90 mmHg). Com relação à sistólica, apenas os funcionários não-qualificados mudaram de categoria; quanto à diastólica, repetiram-se os achados para incremento de pressão. O grupo da construção civil destacou-se pelo maior aumento de diastólica entre as duas medidas, ao passo que os administradores e profissionais técnico-científicos foram os que apresentaram as menores variações de pressão. Fatores ambientais como ruído, calor, linha de montagem e outros implicados na elevação de pressão arterial estão presentes nesta indústria siderúrgica. Os dados apontam maior risco de elevação de pressão arterial em alguns grupos ocupacionais, o que justifica abordagens diferenciadas pelo serviço médico da empresa.<br>Data from the Medical Registry of the Companhia Siderúrgica Nacional de Volta Redonda (Rio de Janeiro, Brazil) drawn from a sample of 426 working nem from nine occupational categories are analysed. The aim of this study was to asses the evolution of BP from admittance to last periodical examination. About 90% of the workers had 20 to 50 years at any of the measures. The mean interval between the measures was 13,5 years for those with at least 5 years in activity. It was not possible to reject homogeneity of means of systolic or diastolic annual increments among occupational groups. In relation to the observed variations, significant systolic increases occurs only in the category of clerks and storekeepers as well as in that of laboratory and quality control workers, with at least 5 years in activity. Regarding diastolic pressure, occupational groups wich undergo significant increases were those of clerks and storekeepers, machinery and specific occupations of production, eletro-mechanics of maintenance, building construction, transportation/communications and non-skilled workers. The shift from a status of normo tension to the one of high BP (systolic 140 or diastolic 90 mmHg) was also analysed. Only non-skilled workers had significant changes in status of systolic. The results for the diastolic matched the ones observed for the increases. It was noticeable the greatest increase of diastolic between the measures among building construction workers. Whereas managers and technical/scientifical personnel showed the smallest BP variations. Environmental factors linked with BP elevation like noise, heat, assembly line and others are present in this steel industry. The data points out a higher risk of PB elevation in particular occupational groups. These findings stress the recommendations of different oproaches by the mecical services in relation to this issue. |
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