Summary: | <p>Esse artigo se divide em quatro partes. Na primeira, discutimos alguns usos de termos derivados do campo semântico da loucura quando o assunto é a ditadura civil-militar de 1964. Isso tanto no sentido do teor paranoico do poder ditatorial, quanto no dos efeitos traumatizantes que ele gerou em suas vítimas. Na segunda, estudamos o funcionamento da suspeita generalizada. Na terceira, desenhamos um perfil do aparato repressivo ditatorial, do ponto de vista da paranoia. Por fim, comentamos como Renato Pompeu escreveu um romance fundamental, no qual a ditadura foi vista, por assim dizer, de dentro de um hospício. O objetivo dessa discussão é ampliar o leque de possibilidades de análises das linguagens políticas, no que se refere à ditadura. </p>
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