Summary: | Este artigo analisa os padrões de vitimização de internos da maior unidade prisional da Bahia. Utiliza dados provenientes de um screening survey com 591 participantes, 107 entrevistas semiestruturadas e observação direta. Revela que mais da metade dos internos relatou ter sofrido algum tipo de vitimização material, física ou psicológica. Afirma que tais padrões são influenciados pela violência da instituição, dos arranjos da cadeia e das quadrilhas prisionais. Também mostra a influência da disponibilidade de capitais econômico, cultural e social nos níveis de vulnerabilidade dos presos. Concluímos que o drama da vitimização dos internos é uma chave para compreender a dinâmica de um sistema prisional mais distópico do que podemos imaginar.
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