Por uma clínica da resistência: experimentações desinstitucionalizantes em tempos de biopolítica

O artigo propõe um debate acerca dos processos de desinstitucionalização no campo da saúde mental, situando-o no contexto da sociedade mundial de controle e das novas formas de poder. A construção de uma rede de atenção que venha a substituir o hospital psiquiátrico é um desafio que estabelece deman...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Roberta Carvalho Romagnoli, Simone Mainieri Paulon, Ana Karenina de Melo Arraes Amorim, Magda Dimenstein
Format: Article
Language:English
Published: Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp) 2009-09-01
Series:Interface: Comunicação, Saúde, Educação
Subjects:
Online Access:http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832009000300016&lng=en&tlng=en
Description
Summary:O artigo propõe um debate acerca dos processos de desinstitucionalização no campo da saúde mental, situando-o no contexto da sociedade mundial de controle e das novas formas de poder. A construção de uma rede de atenção que venha a substituir o hospital psiquiátrico é um desafio que estabelece demandas totalmente diversas às encontradas na instituição manicomial. Entretanto, essas alterações por si só não caracterizam a superação da vontade de reproduzir, que insiste na separação entre clínica e política. A invenção de um novo modo de cuidar convoca conhecimentos plurais que superem as fronteiras disciplinares e enfrentem o instituído em cada um de nós. Nesse contexto apresentamos o trabalho realizado em dois Serviços Residenciais Terapêuticos de dois extremos geográficos do país (Porto Alegre e Natal). A partir dessas experiências, acreditamos que a clínica pode ser pensada como plano de produção e campo de experimentação, revelando-se em sua dimensão de resistência micropolítica.
ISSN:1807-5762