Estudo da mortalidade pelas principais causas de violência em Fortaleza, 1998-2007 - doi:10.5020/18061230.2008.p246

Objetivo: Descrever a mortalidade por causas externas em Fortaleza (Brasil), incluindo homicídios, suicídios, quedas e violência no trânsito. Métodos: Estudo descritivo sobre a mortalidade dos residentes em Fortaleza, no qual se avaliaram 105.000 óbitos ocorridos o período de 1999 a 2007, registrad...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Jose Rubens Costa Lima Costa Lima, Luiz Odorico Monteiro de Andrade, Maria Vilma Neves de Lima, Alicemaria Ciarlini Pinheiro, Ondina Maria Chagas Canuto, Maria Zélia Rouquayrol
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade de Fortaleza 2012-01-01
Series:Revista Brasileira em Promoção da Saúde
Subjects:
Online Access:http://ojs.unifor.br/index.php/RBPS/article/view/173
Description
Summary:Objetivo: Descrever a mortalidade por causas externas em Fortaleza (Brasil), incluindo homicídios, suicídios, quedas e violência no trânsito. Métodos: Estudo descritivo sobre a mortalidade dos residentes em Fortaleza, no qual se avaliaram 105.000 óbitos ocorridos o período de 1999 a 2007, registrados e disponíveis no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) da Secretaria Municipal de Saúde. Comparou-se a distribuição dos óbitos por ano de ocorrência e por sexo. Para medir o crescimento populacional e o incremento e óbitos e das taxas de mortalidade no tempo utilizou-se a técnica de regressão linear. As correlações com coeficientes de determinação maiores ou iguais a 70% (R2 ? 0,70) foram consideradas significativas. Resultados: Verificou-se que, por todo o período, os óbitos por todas as causas externas apresentaram-se mais elevados nos homens que nas mulheres, quer nas agressões, quer nos acidentes de trânsito ou mesmo nas ocorrências de lesões autoinfligidas. No período, os óbitos por causas externas apresentaram-se crescentes, com nível de significância superior a 70%, aumentando à taxa de 49,5 óbitos ao ano, atingindo 1,774 óbitos em 2007 (R2 = 0,74). Quanto aos números absolutos de óbitos, o crescimento deu-se à custa do incremento dos homicídios e suicídios em homens (R2 ? 0,73) e não em mulheres (R2 ? 0,56) e não sendo observado nas taxas de mortalidade, indicando uma correspondência com o crescimento da população. Conclusão: Pelo estudo de tendência das taxas de mortalidade, verificam-se sinais, embora débeis, de uma tendência à redução dos óbitos por causas externas que, provavelmente, está refletindo os ganhos obtidos pelos esforços de mobilização dos recursos e organização da sociedade contra a violência.
ISSN:1806-1222
1806-1230