Revisitando a prática assistencial: a subjetividade como matéria para a reorganização do processo de trabalho na enfermagem

A prática da enfermeira no Serviço de Assistência Domiciliar (SAD) da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto, São Paulo, constitui o objeto desta investigação, visando analisar o processo de assistência domiciliar, apontando para produção de subjetividades e de possibilidades para o trabalh...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Maria José Bistafa Pereira, Silvana Martins Mishima
Format: Article
Language:English
Published: Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp)
Series:Interface: Comunicação, Saúde, Educação
Subjects:
Online Access:http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832003000100007&lng=en&tlng=en
Description
Summary:A prática da enfermeira no Serviço de Assistência Domiciliar (SAD) da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto, São Paulo, constitui o objeto desta investigação, visando analisar o processo de assistência domiciliar, apontando para produção de subjetividades e de possibilidades para o trabalho em saúde. Trata-se de pesquisa empírica, qualitativa, utilizando conceitos relacionados ao movimento institucionalista, sendo os sujeitos enfermeiras que atuam no SAD. Para coleta do material empírico, foi utilizada a técnica do grupo focal. A ordenação dos dados ocorreu pelo método do Discurso do Sujeito Coletivo - DSC. Os resultados confirmam a potencialidade do SAD se configurar como dispositivo para a transformação da prática de saúde/enfermagem e ir processualmente se instalando na prática das enfermeiras que realizam esse trabalho. A vivência no SAD tem oportunizado auto-questionamento, reflexão e revisão de condutas. Destaca-se a importância atribuída às tecnologias leves para o trabalho em saúde e, principalmente, para a assistência domiciliar, incorporando a dimensão subjetiva inerente a toda produção. Foi possível evidenciar que é um trabalho vivenciado com limitações, frustrações, mas também com envolvimento, criatividade, responsabilização e satisfação, reconhecendo o processo de mudança como lento, no qual o trabalhador precisa estar disposto a constantemente aceitar ser revisto e rever o processo de trabalho.
ISSN:1807-5762