A pipa como um fé(i)tiche: passando ao largo de dicotomias

Resumo Operamos com o conceito de fé(i)tiche, proposto por Latour, para entender o poder de influência e aglutinação de um brinquedo milenar na relação com os humanos que o têm como um objeto de alta significação em suas biografias. Neste artigo, a palavra fetiche foi problematizada para assumir uma...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Maria de Fátima Aranha de Queiroz e Melo
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal Fluminense
Series:Fractal: Revista de Psicologia
Subjects:
toy
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-02922016000300341&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Resumo Operamos com o conceito de fé(i)tiche, proposto por Latour, para entender o poder de influência e aglutinação de um brinquedo milenar na relação com os humanos que o têm como um objeto de alta significação em suas biografias. Neste artigo, a palavra fetiche foi problematizada para assumir uma versão composta que se traduz, ao mesmo tempo, como fato e feitiço, objeto feito e objeto encantado, passando ao largo das dicotomias entre o que é fabricação e o que é realidade. Na busca por restaurar a integração dos todos que foram cindidos pelo pensamento moderno, opta-se por estudar os fenômenos como efeitos de cadeias cujos mediadores são investigados tendo o mesmo valor enquanto operadores de efeitos. Foram privilegiadas as narrativas de pipeiros coletadas em entrevistas, assim como contribuições encontradas na literatura, realçando o poder de encantamento do papagaio de papel como objeto sagrado que protagoniza eventos e mobiliza afetos e ações.
ISSN:1984-0292