Desenvolvimento de caramujos planorbídeos em lagoas de estabilização de esgotos
Lagoas de Estabilização constituem métodos econômicos muito aplicáveis às condições climáticas e socioeconômicas do interior de São Paulo. Entretanto, desde o início de seu emprego na região, há 20 anos, despertou-se uma preocupação muito grande com a possibilidade de as mesmas serem povoadas por mo...
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Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo S.A (SABESP)
1983-12-01
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Series: | Revista DAE |
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doaj-b84495517901482eaf6fc61a18ad10aa2020-11-25T03:58:23ZengCompanhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo S.A (SABESP)Revista DAE0101-60400101-60401983-12-011353742Desenvolvimento de caramujos planorbídeos em lagoas de estabilização de esgotosSamuel Murgel Branco0Carlos Eduardo MatheusUniversidade de São PauloLagoas de Estabilização constituem métodos econômicos muito aplicáveis às condições climáticas e socioeconômicas do interior de São Paulo. Entretanto, desde o início de seu emprego na região, há 20 anos, despertou-se uma preocupação muito grande com a possibilidade de as mesmas serem povoadas por moluscos do gênero Biomphalaria, transmissores da esquistossomose mansônica, o que tornaria o método totalmente incompatível com a saúde pública em regiões endêmicas dessa enfermidade. Desde as primeiras experiências com lagoas de estabilização no Vale do Paraíba (estado de São Paulo) verificou-se porém, que os moluscos planorbídeos, embora tenham um rápido desenvolvimento nos estágios iniciais de funcionamento da lagoa, desaparecem das mesmas, entretanto, após poucos meses. A hipótese que foi pesquisada, como explicativa do fenômeno, é baseada no fato de os moluscos recém-nascidos migrarem obrigatoriamente para o fundo, onde passam por um estágio tipicamente bentônico em que se alimentam de fungos. Quando o fundo da lagoa é ocupado, porém, por uma camada de lodo em decomposição anaeróbia, os planorbídeos jovens não conseguem sobreviver, por falta de oxigênio.http://revistadae.com.br/artigos/artigo_edicao_135_n_1540.pdf |
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Lagoas de Estabilização constituem métodos econômicos muito aplicáveis às condições climáticas e socioeconômicas do interior de São Paulo. Entretanto, desde o início de seu emprego na região, há 20 anos, despertou-se uma preocupação muito grande com a possibilidade de as mesmas serem povoadas por moluscos do gênero Biomphalaria, transmissores da esquistossomose mansônica, o que tornaria o método totalmente incompatível com a saúde pública em regiões endêmicas dessa enfermidade. Desde as primeiras experiências com lagoas de estabilização no Vale do Paraíba (estado de São Paulo) verificou-se porém, que os moluscos planorbídeos, embora tenham um rápido desenvolvimento nos estágios iniciais de funcionamento da lagoa, desaparecem das mesmas, entretanto, após poucos meses. A hipótese que foi pesquisada, como explicativa do fenômeno, é baseada no fato de os moluscos recém-nascidos migrarem obrigatoriamente para o fundo, onde passam por um estágio tipicamente bentônico em que se alimentam de fungos. Quando o fundo da lagoa é ocupado, porém, por uma camada de lodo em decomposição anaeróbia, os planorbídeos jovens não conseguem sobreviver, por falta de oxigênio. |
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