Summary: | Resumo No primeiro ensaio, evocando sobretudo Quincas Borba e Esaú e Jacó , Antonio Candido analisa Machado de Assis como um criador de situações que "mortificam" todos os homens, aos quais restam apenas um nivelamento de valores e desencanto. Percebe o escritor como um dos "negadores mais completos", lúcido ante uma desarmonia fatal, metafísica, e não social. No segundo ensaio, apreendendo com Plínio Barreto o sentido do "decoro" machadiano, Candido observa que a elegância estilística e o "respeito de si mesmo" de Machado de Assis pressupõem tensões individuais e sociais. Ao defender a crítica não dogmática, que combina impressionismo e erudição no trabalho de análise e se move por um olhar inconformista contra injustiças sociais, Antonio Candido constituiu a melhor tradição crítica brasileira.
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