Rupturas e continuidades biográficas nas experiências e trajetórias familiares de crianças com fibrose cística

Resumo O conceito de ruptura biográfica (RB) ganhou centralidade nos estudos sociológicos sobre a experiência de adoecimento crônico, ao mostrar que esta pode estar fortemente marcada por rupturas nas formas de viver e de organizar narrativamente a trajetória biográfica. Revisões críticas apontaram...

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Main Authors: Marcelo Eduardo Pfeiffer Castellanos, Nelson Filice de Barros, Sandra Straccialano Coelho
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Series:Ciência & Saúde Coletiva
Subjects:
Online Access:http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232018000200357&lng=en&tlng=en
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spelling doaj-b7d3a6cc4b234cfe9eac2cc3cf9174f92020-11-25T00:46:29ZengAssociação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde ColetivaCiência & Saúde Coletiva1678-456123235736810.1590/1413-81232018232.16252017S1413-81232018000200357Rupturas e continuidades biográficas nas experiências e trajetórias familiares de crianças com fibrose císticaMarcelo Eduardo Pfeiffer CastellanosNelson Filice de BarrosSandra Straccialano CoelhoResumo O conceito de ruptura biográfica (RB) ganhou centralidade nos estudos sociológicos sobre a experiência de adoecimento crônico, ao mostrar que esta pode estar fortemente marcada por rupturas nas formas de viver e de organizar narrativamente a trajetória biográfica. Revisões críticas apontaram que o emprego generalizado do conceito esteve pouco atento a seus limites analíticos, por exemplo, diante de experiências relacionadas a doenças genéticas entre crianças, quando continuidades biográficas (CB) mais do que de RB estariam presentes. Neste artigo, empregou-se os conceitos de RB e de CB para analisar as relações entre as trajetórias de adoecimento de crianças com fibrose cística (FC) e as experiências de seus pais, tendo em perspectiva as narrativas sobre suas histórias e contextos familiares, depreendidas de entrevistas semiestruturadas realizadas com 10 crianças com FC e 14 familiares. Os resultados apontaram para potencialidades e limites dos conceitos de RB e CB para a análise pretendida. Conclui-se que ambos os conceitos podem ser aplicados à análise da experiência familiar com doenças genéticas infantis, desde que empregados de modo crítico e sensível aos sujeitos e contextos investigados, de forma atenta aos interesses teóricos mais amplos.http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232018000200357&lng=en&tlng=enIllness behaviorMedical sociologyPersonal narrativesGenetic diseasesChild
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