Summary: | Considerando as dificuldades e limitações que os sujeitos com Síndrome de Down apresentam e levando-se em conta as contribuições da teoria histórico-cultural, no sentido de compreender a memória voluntaria como fundamental para o desenvolvimento humano,
investigou-se o papel exercido pela dança, enquanto uma linguagem corporal que permite expressões simbólicas na construção e desenvolvimento da memória dos sujeitos com Sindrome de Down. Para tanto, foi formado um único grupo de trabalho com três sujeitos Down, na faixa etária entre 9 e 12 anos, regularmente matriculadas em uma APAE. Realizou-se 20 encontros de intervenção com objetivo de identificar e analisar, se houveram mudanças nas ações dos sujeitos, desde seus movimentos, expressões corporais e orais, ao longo do processo de intervenção. Pensando em todo o processo de realização dessa Pesquisa, evidenciamos que uma das conclusões coerentes que obtivemos é que
quando, apontamos as dificuldades biológicas dos sujeitos e concordamos com as mesmas, pudemos, apesar das contradições impostas pela realidade social e educacional, dizer que as leis biológicas do sujeito podem ser superadas a partir das relações sociais que o mesmo estabelece no decorrer de sua vida, uma vez que os sujeitos com Síndrome de Down possuíam capacidade para desenvolver seu psiquismo, mesmo que de forma lenta, e assim avançaram, a partir de intervenções possibilitadas pelo professor de Educação Física, ao propor a dança como atividade educativa.
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