Summary: | O artigo propõe um breve panorama historiográfico da dita “querela dos antigos e modernos” desencadeada por letrados franceses e ingleses entre o fim do século XVII e meados do XVIII. Sugerimos que o conceito de “querela” deve ser cuidadosamente caracterizado, uma vez que a fortuna crítica dotou-lhe de significados que nem sempre correspondem a sua primeira legibilidade normativa, embora estes mesmos significados sejam, em alguma medida, responsáveis pela rendimento do conceito ao longo do tempo. Também nos interessa marcar o tom teleológico de algumas narrativas da “querela”, que enxergaram na disputa entre antigos e modernos o nascimento da “Modernidade”. Nesse sentido, defende-se, em conclusão, que o melhor tratamento do tema passe pelo exame das mediações históricas que monumentalizaram esses discursos.
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