Crianças, Brincar, Culturas da Infância e Cultura Lúdica: uma análise dos estudos da infância
O presente artigo decorre de um ensaio teórico de questões concernentes à infância, crianças, brincar, cultura lúdica e culturas da infância, com base em autores dos estudos da infância. Iniciamos pela problematização e articulação de conceitos como infância, brincar, jogos e brinquedos. Em seguida...
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Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti
2014-12-01
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Series: | Saber & Educar |
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doaj-b72c0366770b4ee885ec94bed25574642020-11-25T00:58:51ZengEscola Superior de Educação de Paula FrassinettiSaber & Educar1647-21442014-12-0119106115Crianças, Brincar, Culturas da Infância e Cultura Lúdica: uma análise dos estudos da infânciaClara Medeiros Veiga Ramires MonteiroAna Cristina Coll DelgadoO presente artigo decorre de um ensaio teórico de questões concernentes à infância, crianças, brincar, cultura lúdica e culturas da infância, com base em autores dos estudos da infância. Iniciamos pela problematização e articulação de conceitos como infância, brincar, jogos e brinquedos. Em seguida tratamos do brincar e da Cultura lúdica, como um recorte das culturas da infância, embora não seja o único. Concluímos com alguns desafios, entre eles o distanciamento entre as gerações, também causado pela industrialização dos brinquedos e pela institucionalização do brincar em espaços que cada vez mais separam as gerações. As preocupações sobre o que se “ganha” com o uso dos brinquedos, jogos e brincadeiras são, por excelência, dos adultos. As crianças por vezes adquirem informações que os adultos não têm e que escapam aos seus domínios. Isso reforça a tese dos estudos da infância de que as crianças são atores, no sentido de que são participantes ativos na construção de suas culturas e a melhor maneira de compreendermos suas culturas é prestando escuta a elas. This paper will address the ideas of authors of Childhood Studies, who question the strict concepts society has of children as being passive and immature; and the issue of play as being an instrument for the purposes of educational learning, or simply of recreation. The aim is to bring the issue of play closer to the concept of childhood cultures, accounting for and sustaining the importance of listening to the points of view of the actual subjects of research with children about this important and complex way of creating and experiencing their cultures, which cannot be reduced to adult-centered purposes. A lo largo de este artículo, dialogaré con autores de estudios sobre la infancia que se cuestionan los rígidos conceptos que la sociedad impone con relación a los niños, entendiéndolos a ellos como seres pasivos e inmaduros y al juego como un instrumento con objetivos de aprendizaje pedagógico o como simple recreación. El objetivo es aproximarse al concepto de culturas infantiles y presentar y defender la importancia de escuchar la opinión de los propios sujetos en los estudios con niños sobre esta manera tan importante y compleja de crear y vivir sus culturas, la cual no puede verse reducida a objetivos adultocéntricos. Tout au long de cet article, je dialoguerai avec des auteurs des Études de l’Enfance qui remettent en question les concepts rigides que la société conserve en ce qui concerne les enfants, en les interprétant comme passifs et immatures ; et du jeu comme étant un instrument ayant des objectifs d’apprentissage pédagogique ou comme une simple récréation. Afin de rapprocher le jeu du concept de cultures infantiles, en présentant et défendant l’importance d’entendre le point de vue des sujets eux-mêmes dans les recherches avec des enfants sur cette manière si importante et complexe qu’ils ont de créer et de vivre leurs cultures et qui ne peut pas être réduite à des objectifs adultocentriques.http://revista.esepf.pt/index.php/sabereducar/article/view/80/pdf_12Childhood culturesChildhood studies |
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O presente artigo decorre de um ensaio teórico de questões concernentes à infância, crianças, brincar, cultura lúdica e culturas da infância, com base em autores dos estudos da infância. Iniciamos pela problematização e articulação de conceitos como infância, brincar, jogos e brinquedos. Em seguida tratamos do brincar e da Cultura lúdica, como um recorte das culturas da infância, embora não seja o único. Concluímos com alguns desafios, entre eles o distanciamento entre as gerações, também causado pela industrialização dos brinquedos e pela institucionalização do brincar em espaços que cada vez mais separam as gerações. As preocupações sobre o que se “ganha” com o uso dos brinquedos, jogos e brincadeiras são, por excelência, dos adultos. As crianças por vezes adquirem informações que os adultos não têm e que escapam aos seus domínios. Isso reforça a tese dos estudos da infância de que as crianças são atores, no sentido de que são participantes ativos na construção de suas culturas e a melhor maneira de compreendermos suas culturas é prestando escuta a elas.
This paper will address the ideas of authors of Childhood Studies, who question the strict concepts society has of children as being passive and immature; and the issue of play as being an instrument for the purposes of educational learning, or simply of recreation. The aim is to bring the issue of play closer to the concept of childhood cultures, accounting for and sustaining the importance of listening to the points of view of the actual subjects of research with children about this important and complex way of creating and experiencing their cultures, which cannot be reduced to adult-centered purposes.
A lo largo de este artículo, dialogaré con autores de estudios sobre la infancia que se cuestionan los rígidos conceptos que la sociedad impone con relación a los niños, entendiéndolos a ellos como seres pasivos e inmaduros y al juego como un instrumento con objetivos de aprendizaje pedagógico o como simple recreación. El objetivo es aproximarse al concepto de culturas infantiles y presentar y defender la importancia de escuchar la opinión de los propios sujetos en los estudios con niños sobre esta manera tan importante y compleja de crear y vivir sus culturas, la cual no puede verse reducida a objetivos adultocéntricos.
Tout au long de cet article, je dialoguerai avec des auteurs des Études de l’Enfance qui remettent en question les concepts rigides que la société conserve en ce qui concerne les enfants, en les interprétant comme passifs et immatures ; et du jeu comme étant un instrument ayant des objectifs d’apprentissage pédagogique ou comme une simple récréation. Afin de rapprocher le jeu du concept de cultures infantiles, en présentant et défendant l’importance d’entendre le point de vue des sujets eux-mêmes dans les recherches avec des enfants sur cette manière si importante et complexe qu’ils ont de créer et de vivre leurs cultures et qui ne peut pas être réduite à des objectifs adultocentriques. |
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