Summary: | RESUMO: Os trabalhadores da industrÃa textil estÄo expostos. puluentes ocupacionais que frequentemente são causa de doençã respiratória. Entre as patologias descritas, a bissinose, a tosse crónica e a asma são as mais comuns. parecendo a sua lncidência depender dos nivels de empoeiramento e endotoxinas a que os trabalhadores estão expostos.Neste estudo foi nosso objectivo avaliar a relação entre as caracteristicas do local de trabalho (empoeiramento e endotoxinas) com a variaçã do VEMS, anual e ao longo do turno de trabalho, e a hiperreactrividade brônquica inespecifica (HRB).Assim, avaliámos 417 trabalhadores têxteis, 231 (fiação) e 186 (tecelagem). Os trabalhadores da fiação estavam expostos a 0,68 mg/m3 de empoeiramento, e 14.2 ng/m3 de endotoxinas. Na tecelagem os trabalhadores estavam expostos a um empoeiramento de 0,42 mg/m3 não se tendo encontrado niveis mensuráveis de endotoxinas. Para os trabalhadores da fiação, os nÃveis de endotoxinal estavam relacionados com a HRB (r=0,32 p<0,01), estando os trabalhodores com metacolina positiva (⤠16 mg/ml) expostos a nÃveis de endotoxinal mais elevados (21,9±21,3 ng/m3 / 9,3±10,7 ng/nr3 p<0,0001). Os niveis de endotoxinas eram ainda superiores nos trabalhadores que apresentaram uma vareação do VEMS ao longo do turnoâ¥5% ouâ¥200 ml (25,6±19,4 ng/m3 / 6,8±0,7 ng/m3 p<0,0001). Os niveis de empoeiramento não se realcionaram nem com a presença de HRB, nem com a variação do VEMS ao longo do turno de trabalho.A média anual de variação do VEMS em 3 anos (D-VEMS ano) foi maior nos trabalhodores da fiação -50,2±34 ml, que nos da tecelagem -32,0±12 ml, p<0,00001. Na fiação o D-VEMS ano estava relacionado com os nÃveis de endotoxinas, (r=0,48 p<0,001) e com a HRB (r=0,72 p<0,001) e com a HRB (r=-0,72 p<0,001), não se tendo obsevado correlaçã com os niveis de empoeramento.Os trabalhadores da fiação que apresentavam uma variação positiva do VEMS ao longo do turno, apresentaram igualamente major variação anual do D-VEMS ao longo do turno, apresentaram igualmente major variação anual do D-VEMS (-75,5±-32,7 ml / 34,3±25,1 ml p<0,0001). Na fiação, 65 trabulhadores (28,2%) apresentavam sintomas respiratórios. Dester, 7,7% tinham bissinose 13,4% asma. Entre estes dois grupos só a H RB apresentou diferenças, apresentando os asmáticos major biperreactivadade brônquca (5,7±7,3 mg/ml p<0,05). Na área de tecelagem não foram observados trabalhadores com critérios de bissinose.Na avaliação dos trabalhadores da indústria têxtil, a observação do VEMS são provavelmente o melhor indicador de doença respiraória. Na avaliação individual destes trabalhadores, a varição do VEMS ao longo do turno e a HRB à metacolina, estão relacionadas com a redução annual do vems, e como tal parecem ser os melhores indicadores de risco de doença respiratoria. Na avaliação ambiental, destinada a avaliar as condições de trabalho da indústrin textile, parece ser mais importante determiner o nivel de endotoxinas que o de empoeramento, pois o primeiro parece ser o principal risco ocupacional para as doenças respiratórias relacionadas com esta actividade professional.REV PORT PNEUMOL 1998; IV (3): 243-269 SUMMARY: Textile industry workers are exposed to environmental dust which frequently causes respiratory diseases. Among the diseases known, byssinose, chronic cough and asthma, are the most frequent, and seem to related to cotton dust and endotoxines levels.Our purpose was to evaluate the relationship between environmental characteristics (dust levels and endotoxines) with annual and shift FEV variation and bronchial hypereactivity (BHR).We evaluated 417 cotton industry workers, 213 (cotton spinning), and 186 (cotton weaving). The sinning workers were exposed to 0.68 mg/m3, but endotoxines were not detected. In the weaving area, workers were exposed to dust level of 0.42 mg.m3, but endotoxines were not detected. In the spinning area, the endotoxine leves were related to BHR (r=-0.32 p<0.01), being those with positive methacholine challenge test (⤠16 mg/ml) exposed to higher endotoxine levels (21.9±21.3 ng/m3 / 9.3±10.7 ng/m3 p>0001). The endotoxine levels were also superior among the workers who presented FEV1 variations through the shiftâ¥5% or>200 ml (25.6±19.4 ng/m3 /6.8+0.7 ng/m3 p<0,0001). Dust levels were not related with BHR nor to the variation of FEVI during the shift.The annual FEV1 variation was studied for 3 years (D-FEV1 year), was higher in the spinning workers (-50.2±34 ml/-32.0±12 ml p<0.00001), and was related to endotoxine levels (r=0.48 p<0.001) and with BHR (r=-0.72 p<0.001). There was no relation with dust level. The workers who presented a positive FEV1 variation during the shift, also presented a higher D-FEV1 year, (-75.5±32.7 ml/-34.3±25.1 ml p<0.001).Among the spinning workers, 28.2% have respiratory symptoms. Byssinose was found in 7.7% and asthma in 13.4%, and among them the asthmatics have higher BHR (5.7±7.3 mg/ml/10.5±7.3 mg/ml p<0.05). In the weaving area byssinoses was not reported. In the weaving area byssinoses was not reported. In the textile workers theFEV1 variation seems to be the best parameter to evaluate the presence of respiratory disease. In the individual evaluation, the determination on the variations of expiratory levels throughout the shift and BHR seem to be the best evidence of respiratory disease. In the work place, the endotoxine level seems more important to be evaluated than the dust leves as an environment risk factor for respiratory disease.REV PORT PNEUMOL 1998; IV (3): 243-269 Polavras-chave: Bissinose, Asma Ocupacional, Endo-toxinas Bacterianas, Key-words: Byssinosis, Occupational Asthma, Bacterial Endotoxines
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