O Desnaturado Hábito Contemporâneo: Como Matar o Tempo na Arte da Vida
O hábito é o plano de imanência no qual as ações se compõem e as subjetividades se constroem. Eminentemente singular e geral a um só tempo, trata-se de um território privilegiado para a micropolítica do desejo. O presente artigo pretende refletir sobre esse plano e problematizar a questão do habitua...
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Universidade de Fortaleza
2016-05-01
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doaj-b623686492594e2883050e9390a5c2832020-11-25T02:56:41ZporUniversidade de FortalezaRevista Subjetividades2359-07772359-07772016-05-01133-46196423951O Desnaturado Hábito Contemporâneo: Como Matar o Tempo na Arte da VidaLuis Artur Costa0Tania Mara Galli Fonseca1UFPelUFRGSO hábito é o plano de imanência no qual as ações se compõem e as subjetividades se constroem. Eminentemente singular e geral a um só tempo, trata-se de um território privilegiado para a micropolítica do desejo. O presente artigo pretende refletir sobre esse plano e problematizar a questão do habituar-se, do criar hábitos dentro do contexto específico da contemporaneidade, em que o imperativo da mudança constante de identidade e a exigência de polivalência para o trabalhador findam por gerar um novo paradoxo nos processos de subjetivação: o hábito de desabituar-se. Dentro desse contexto, abordamos especificidades da estilística da subjetivação contemporânea sob uma perspectiva estética: a arte de erigir a vida. Isso nos permite uma aproximação com as problemáticas do campo da arte, unindo a assimilação ao capitalismo contemporâneo (sociedade de controle, sociedade do espetáculo, sociedade de consumo etc.) tanto das vanguardas artísticas quanto da contracultura em geral. A docilização da diferença em nossos tempos é uma problemática urgente, pois, diante da captura da transgressão pelo senso comum, muitas são as reações que, na tentativa de resistir aos novos imperativos, acabam por buscar um retorno à lógica conservadora e estável da sociedade disciplinar. Intentamos, com este ensaio, constituir uma possibilidade de fuga à dupla captura entre a obediência e a transgressão docilizada, buscando elementos para a fuga do juízo através da experimentação e transformando o dever em potência.https://periodicos.unifor.br/rmes/article/view/5097hábito, cotidiano, arte, subjetividade, contemporâneo. |
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