Summary: | De uma forma geral, a atividade física produz processos de adaptação no organismo que são determinados pelo tipo, pela intensidade e pela duração das cargas. Quando os processos de adaptação orgânica e muscular são insuficientes, ocorre a síndrome da fadiga. Esta não deve ser considerada somente como um fator negativo, já que a fadiga deve ser compreendida também como um sistema de alerta e um potente fator de mobilização dos recursos funcionais, o que a torna um poderoso elemento de adaptação. O surgimento da fadiga produz uma série de sinais e sintomas caracterizados por uma redução da força com hiperexcitabilidade muscular, alterações metabólicas e eletrolíticas e alterações neuroendócrinas, todos esses fatores levando a uma redução do desempenho físico. Nessas condições é originado um grau importante de "estresse" físico e psíquico, com um grande comprometimento muscular (inflamação e lesão), que são mais evidentes à medida em que o estado de fadiga se prolonga. Ou seja, ocorre um processo de comprometimento do sistema imunológico, já que acaba se tornando incompetente para lidar com os fenômenos inflamatórios acima mencionados. Essa situação de "estresse" origina uma supressão de diversos índices da função imunológica. Por trás do período de recuperação, o surgimento tardio de hidroxiprolina excretada e a liberação tardia das enzimas CPK e LDH musculares sugerem uma lesão no tecido muscular. Por outro lado, o processo inflamatório inclui a participação de diversos fatores fisiopatológicos: sanguíneos, imunológicos, tissulares, metabólicos e vasculares. A instauração de tratamentos com imunomoduladores pode prevenir e auxiliar na recuperação da inflamação e do dano tissular causado pelo estresse devido ao exercício intenso e mantido.
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