A Praça Nelson Mandela: Espacialidades em Fronteira
Este artigo apresenta o resultado parcial de uma pesquisa mais ampla, realizada no bairro Lavapiés, região central de Madrid, voltada a apreender a constituição de suas distintas espacialidades e os sentidos que elas geram na cultura. A discussão aqui proposta terá como objeto a praça Nelson Mandel...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade do Minho
2021-06-01
|
Series: | Revista Lusófona de Estudos Culturais |
Subjects: | |
Online Access: | https://rlec.pt/index.php/rlec/article/view/3217 |
id |
doaj-b51273df4daa4fe5addfb7bb1cbad3cb |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-b51273df4daa4fe5addfb7bb1cbad3cb2021-06-30T14:27:18ZengUniversidade do MinhoRevista Lusófona de Estudos Culturais2184-04582183-08862021-06-018110.21814/rlec.3217A Praça Nelson Mandela: Espacialidades em FronteiraRegiane Miranda de Oliveira Nakagawa0Programa de Pós-Graduação em Comunicação/ Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas - CECULT, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Santo Amaro, Brasil Este artigo apresenta o resultado parcial de uma pesquisa mais ampla, realizada no bairro Lavapiés, região central de Madrid, voltada a apreender a constituição de suas distintas espacialidades e os sentidos que elas geram na cultura. A discussão aqui proposta terá como objeto a praça Nelson Mandela, um dos principais pontos de encontro de imigrantes na região, com o intuito de verificar de que maneira ocorre a emersão de espacialidades pautadas pelos intercâmbios e tensionamentos entre os diferentes grupos que frequentam o espaço. Para tanto, a análise terá por base a ambivalência que caracteriza o funcionamento da fronteira semiótica, tal como ela foi definida pelo semioticista da cultura Iuri Lotman (1996). A deriva situacionista e a observação participante foram utilizadas como método de pesquisa. Na praça, nota-se a presença de duas espacialidades distintas: uma marcada por um distanciamento que resulta em relações pautadas por aquilo que Richard Sennett (2018/2019) indica ser o “próximo-estranho” e outra caracterizada por intercâmbios tradutórios pelos quais se constrói uma cidade diferente daquela planejada pelo urbanismo. Por meio da discussão, objetiva-se ainda pontuar de que maneira, por meio da fronteira, se torna possível apreender formas de constituição da cidade pidgin (Careri, 2016/2017), que emergem em meio a relações marcadas pela imprevisibilidade e pelo erro, decorrentes das interações estabelecidas entre distintas alteridades. https://rlec.pt/index.php/rlec/article/view/3217cidadeespacialidadesfronteiratradução |
collection |
DOAJ |
language |
English |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Regiane Miranda de Oliveira Nakagawa |
spellingShingle |
Regiane Miranda de Oliveira Nakagawa A Praça Nelson Mandela: Espacialidades em Fronteira Revista Lusófona de Estudos Culturais cidade espacialidades fronteira tradução |
author_facet |
Regiane Miranda de Oliveira Nakagawa |
author_sort |
Regiane Miranda de Oliveira Nakagawa |
title |
A Praça Nelson Mandela: Espacialidades em Fronteira |
title_short |
A Praça Nelson Mandela: Espacialidades em Fronteira |
title_full |
A Praça Nelson Mandela: Espacialidades em Fronteira |
title_fullStr |
A Praça Nelson Mandela: Espacialidades em Fronteira |
title_full_unstemmed |
A Praça Nelson Mandela: Espacialidades em Fronteira |
title_sort |
praça nelson mandela: espacialidades em fronteira |
publisher |
Universidade do Minho |
series |
Revista Lusófona de Estudos Culturais |
issn |
2184-0458 2183-0886 |
publishDate |
2021-06-01 |
description |
Este artigo apresenta o resultado parcial de uma pesquisa mais ampla, realizada no bairro Lavapiés, região central de Madrid, voltada a apreender a constituição de suas distintas espacialidades e os sentidos que elas geram na cultura. A discussão aqui proposta terá como objeto a praça Nelson Mandela, um dos principais pontos de encontro de imigrantes na região, com o intuito de verificar de que maneira ocorre a emersão de espacialidades pautadas pelos intercâmbios e tensionamentos entre os diferentes grupos que frequentam o espaço. Para tanto, a análise terá por base a ambivalência que caracteriza o funcionamento da fronteira semiótica, tal como ela foi definida pelo semioticista da cultura Iuri Lotman (1996). A deriva situacionista e a observação participante foram utilizadas como método de pesquisa. Na praça, nota-se a presença de duas espacialidades distintas: uma marcada por um distanciamento que resulta em relações pautadas por aquilo que Richard Sennett (2018/2019) indica ser o “próximo-estranho” e outra caracterizada por intercâmbios tradutórios pelos quais se constrói uma cidade diferente daquela planejada pelo urbanismo. Por meio da discussão, objetiva-se ainda pontuar de que maneira, por meio da fronteira, se torna possível apreender formas de constituição da cidade pidgin (Careri, 2016/2017), que emergem em meio a relações marcadas pela imprevisibilidade e pelo erro, decorrentes das interações estabelecidas entre distintas alteridades.
|
topic |
cidade espacialidades fronteira tradução |
url |
https://rlec.pt/index.php/rlec/article/view/3217 |
work_keys_str_mv |
AT regianemirandadeoliveiranakagawa apracanelsonmandelaespacialidadesemfronteira AT regianemirandadeoliveiranakagawa pracanelsonmandelaespacialidadesemfronteira |
_version_ |
1721352925108764672 |