Summary: | Com a noção de governamentalidade, Foucault refletiu sobre a constituição do Estado moderno e suas tecnologias de condução da vida da população. Discutimos neste texto a relação entre Estado brasileiro, movimentos sociais LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) e a elaboração de políticas curriculares para a inclusão social e jurídica daquela população. Nossa hipótese é que o processo de governamentalização dessa população específica, a despeito de garantir avanços antidiscriminatórios, tem como consequência colateral o aprisionamento dos próprios movimentos sociais LGBT e das políticas educacionais a eles relacionados numa lógica identitária e normalizadora, que tende a pacificar suas demandas e arrefecer sua capacidade de crítica e autocrítica. Finalmente, recorremos à noção foucaultiana de estética da existência e de atitude queer para pensar novas formas de resistência pós-identitária
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