O comércio civiliza, Portugal oprime: a História do Brasil de John Armitage e a linguagem do humanismo comercial

O principal objetivo deste artigo consiste em apresentar a linguagem do humanismo comercial como horizonte historiográfico interpretativo para John Armitage na escrita de sua História do Brasil, publicada em 1836. Esta linguagem é definida por John Pocock como a junção dos conceitos de virtude e com...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Flávia Florentino Varella
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2013-08-01
Series:Varia História
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752013000200006&lng=en&tlng=en
Description
Summary:O principal objetivo deste artigo consiste em apresentar a linguagem do humanismo comercial como horizonte historiográfico interpretativo para John Armitage na escrita de sua História do Brasil, publicada em 1836. Esta linguagem é definida por John Pocock como a junção dos conceitos de virtude e comércio, os quais compunham vocabulários políticos opostos antes do século XVIII, no intuito de formar uma nova linguagem em que a esfera do social adquiriu centralidade. Nesse sentido, o desenvolvimento das virtudes desse novo homem social deveria ser dado justamente no contato com pessoas e coisas propiciado pelo comércio. Armitage tendeu a caracterizar a história nacional brasileira como o inverso do que seria a história de uma sociedade comercial, principalmente pela restrição comercial que enfrentava e pela falta de estímulo de Portugal, tido como um país estagnado. Aliado a isso, Armitage também apresenta a figura de D. Pedro I como propícia a fomentar guerras ao invés de estimular o comércio e as interações sociais.
ISSN:1982-4343