Introdução: Pensar com Pierre Clastres ou da atualidade do contra-Estado
Tem-se notado nos últimos anos um renovado interesse pelo pensamento de Pierre Clastres, pensamento precocemente interrompido devido à sua morte em 1977. Muito debatidos nos anos 1960 e 1970, por conta da radicalidade de suas teses sobre a “sociedade contra o Estado”, os escritos de Clastres foram c...
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Universidade de São Paulo (USP)
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doaj-b3ee5701df234e119187cd151f2171932020-11-25T03:24:07ZporUniversidade de São Paulo (USP)Revista de Antropologia0034-77011678-98572012-08-0154210.11606/2179-0892.ra.2011.39639Introdução: Pensar com Pierre Clastres ou da atualidade do contra-EstadoRenato Sztutman0Universida de São PauloTem-se notado nos últimos anos um renovado interesse pelo pensamento de Pierre Clastres, pensamento precocemente interrompido devido à sua morte em 1977. Muito debatidos nos anos 1960 e 1970, por conta da radicalidade de suas teses sobre a “sociedade contra o Estado”, os escritos de Clastres foram como que eclipsados nas duas décadas seguintes, seja porque pareciam excessivamente românticos aos seus críticos – afinal, a irrefutabilidade do Estado voltava ao centro das discussões sobre a política no mundo moderno e além dele – seja porque pareciam projetar sobre o material empírico (etnográfico, histórico e mesmo arqueológico) uma imagem abstrata e idealizada da “sociedade primitiva” una e indivisa.1 O intento deste dossiê é atinar, na contracorrente desse eclipsamento, para a atualidade do pensamento e da obra de Pierre Clastreshttp://www.revistas.usp.br/ra/article/view/39639 |
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