Summary: | O uso de estimativas numéricas das tensões, deformações e deflexões resultantes do tráfego de veículos, para dimensionamento de pavimentos rodoviários, é bastante comum pela praticidade, porém pode trazer imprecisões, provocando superdimensionamento ou subdimensionamento das camadas do pavimento. Por sua vez, o uso da instrumentação, realizando medições diretas no pavimento, tende a fornecer maior exatidão. Dentre as respostas mecânicas críticas, destaca-se a deformação específica de tração na fibra inferior das camadas asfálticas, ligada ao processo de fadiga. Neste trabalho foi realizada avaliação dessa deformação medida através de sensor H-Gage, comparando em seguida com as estimativas numéricas através de modelagem com os métodos das múltiplas camadas elásticas e dos elementos finitos. Ambos os modelos numéricos apresentaram estimativas bem discrepantes das medições de campo, tendo diferença ainda maior nas respectivas previsões de vida de fadiga. O método das múltiplas camadas elásticas apresentou tendência a estimar menor vida de fadiga, enquanto o modelo proposto em elementos finitos tendeu a estimar maior vida de fadiga, à medida que se reduzia o atrito entre camadas.
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