O indivíduo, o sujeito e a epidemiologia Individual, subject and epidemiology

Este artigo visa demonstrar a necessidade de inclusão do construto teórico do sujeito de desejo no âmbito da epidemiologia atual, o que deve operar nesta uma transformação radical em seu modelo metodológico e ampliação de seu objetivo para além de instrumento estatístico coadjuvante da saúde pública...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Luiz Carlos Brant
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva 2001-01-01
Series:Ciência & Saúde Coletiva
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232001000100018
Description
Summary:Este artigo visa demonstrar a necessidade de inclusão do construto teórico do sujeito de desejo no âmbito da epidemiologia atual, o que deve operar nesta uma transformação radical em seu modelo metodológico e ampliação de seu objetivo para além de instrumento estatístico coadjuvante da saúde pública e da prática clínica. Afirma a psicanálise como instrumento teórico privilegiado, capaz de oferecer contribuições significativas a esse processo. Nesse sentido, contextualiza social, epistemológica e ideologicamente o percurso do indivíduo e do sujeito que vai da filosofia cartesiana ao nascimento da epidemiologia e da psicanálise, no século XIX. Propõe que a epidemiologia deve, ainda, incorporar ao seu objeto seres-em-grupo-em-comunidade - as novas formas de viver na contemporaneidade, ultrapassando assim os conceitos de "populações humanas específicas", "doente" e "não-doente".<br>Individual, subject and epidemiology tries to maintain the thesis about the necessity of including the subject as a category of thought in the field of the actual epidemiology and signs psychoanalysis as a science able to offer meaningful contributions for this enterprise. Contextualizes social, epistemological and ideologically the course of individual and subject since Descartes`Philosophy till the birth of epidemiology and psychoanalysis, in the 19th century. Affirms that epidemiology must operate a radical transformation in its theoretical and methodological model and cease to be a statistical and assistant instrument for public health and for medical practice. It must, also, incorporate to its object of attention - human beings in-group - the new ways of living contemporaneously, exceeding the "specific human populations", "sick" and "non-sick" concepts.
ISSN:1413-8123
1678-4561