Summary: | Este artigo objetiva discutir um corte epistemológico na antropologia, nos anos 1930, que abriu para a questão da tradução cultural, a qual será abordada em duas expedições ocorridas na região amazônica: a expedição etnológica à Serra do Norte, MT, em 1938, chefiada por Claude Lévi-Strauss, tendo o antropólogo brasileiro Luiz de Castro Faria como representante do Museu Nacional e do Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas; e a expedição realizada a Gurupá, PA, em 1948, coordenada por Charles Wagley, que foi acompanhado por Eduardo Galvão. Este, também representando o Museu Nacional. O corte epistemológico é ilustrado por um evento no Instituto Internacional de Cooperação Internacional, em Paris, em 1934, que envolveu Malinowski. Considera-se que estas expedições pertenciam a um mesmo campo de racionalidade teórica, embora tivessem surgido em conjunturas sociais diferentes.
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