Comprando e vendendo Alcorões no Rio de Janeiro do século XIX
NA SEGUNDA metade do século XIX, uma livraria francesa vendia aos negros do Rio de Janeiro um bom número de exemplares do Alcorão. Havia na capital do Império uma comunidade muçulmana, formada em parte por ex-escravos imigrados da Bahia. No início do século XX, essa comunidade ainda era ativa e mant...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Spanish |
Published: |
Universidade de São Paulo
2004-04-01
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Series: | Estudos Avançados |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142004000100024 |
Summary: | NA SEGUNDA metade do século XIX, uma livraria francesa vendia aos negros do Rio de Janeiro um bom número de exemplares do Alcorão. Havia na capital do Império uma comunidade muçulmana, formada em parte por ex-escravos imigrados da Bahia. No início do século XX, essa comunidade ainda era ativa e mantinha até mesmo escola corânica. Com o término dos contactos diretos entre o Brasil e a África, os islamitas do Rio tornaram-se cada vez mais isolados e os seus descendentes acabaram por se converter a outras crenças.<br>IN THE latter half of the 19th century, a French bookstore in Rio de Janeiro sold a large number of copies of the Koran to the city's blacks. The capital of the Empire boasted a Muslim community, partly comprised of former slaves who had migrated from Bahia, and which was still active in the early 20th century, to the point of maintaining a Koranic school. However, with the end of direct contact between Brazil and Africa, Rio's islamites became increasingly isolated and their descendants eventually converted to other beliefs. |
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ISSN: | 0103-4014 1806-9592 |