Summary: | No Bloco Arqueano de Goiás (Centro-Oeste do Brasil) ocorrem diques máficos paleoproterozóicos orientados preferencialmentesegundo NE e NW. Em função dos aspectos petrográficos foram classificados em: diabásio, metabasito e anfibolito.Sob o ponto de vista químico tratam-se de toleítos, situando-se a grande maioria deles no campo do basalto, sendo que alguns,principalmente o diabásio, situam-se no campo do andesito basáltico. Diabásio, metabasito e, pelo menos parte dos anfibolitosparece ser cogenética. Os diques de diabásio e metabasito contêm piroxênios de composições ricas (augita) e pobres (enstatitae pigeonita) em cálcio. Nesses diques verifica-se que, tanto para os piroxênios ricos quanto pobres em cálcio, os conteúdos dewollastonita (Wo) decrescem dos núcleos para as bordas dos grãos acompanhados de um aumento dos teores de ferrossilita(Fs). Nos piroxênios pobres em cálcio, há um fraco incremento em Wo, e moderado enriquecimento em Fs. As análises denúcleos e bordas dos grãos de plagioclásio mostraram composições que variam de labradorita a bytownita no diabásio emetabasito e andesina a oligoclásio nos anfibolitos. As temperaturas de cristalização obtidas no diabásio e metabasito,segundo vários geotermômetros, indicam os mesmos intervalos de temperatura, quer utilizando-se os piroxênios, cuja variaçãomédia vai de 1100oC a 1200oC, quer usando-se plagioclásio, cuja variação média situa-se em 1100oC. Existem dois tiposde anfibólios cálcicos: primários e secundários. Suas composições são muito variadas, principalmente no que concerne aoselementos de Mg e Fe. Análises químicas de opacos revelaram a presença de magnetita e ilmenita.
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