Comportamento hidro-erosivo de depósitos sedimentares da Formação Macacu situados na Ilha do Governador-RJ
<p><span>A Ilha do Governador, inserida no contexto do Gráben</span><span>da Guanabara, é marcada pela presença de exposições de </span><span>depósitos sedimentares paleogênicos pertencentes à Formação Macacu. </span><span>Tais exposições, atualmente e...
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União da Geomorfologia Brasileira
2021-06-01
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Series: | Revista Brasileira de Geomorfologia |
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Hugo Portocarrero Tácio Mauro Pereira de Campos Aluísio Granato de Andrade Raphael Rodrigues Brizzi |
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Hugo Portocarrero Tácio Mauro Pereira de Campos Aluísio Granato de Andrade Raphael Rodrigues Brizzi Comportamento hidro-erosivo de depósitos sedimentares da Formação Macacu situados na Ilha do Governador-RJ Revista Brasileira de Geomorfologia comportamento hidro-erosivo sedimentologia hidráulica erodibilidade. |
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1519-1540 2236-5664 |
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2021-06-01 |
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<p><span>A Ilha do Governador, inserida no contexto do Gráben</span><span>da Guanabara, é marcada pela presença de exposições de </span><span>depósitos sedimentares paleogênicos pertencentes à Formação Macacu. </span><span>Tais exposições, atualmente evidentes</span><span>em cortes de </span><span>estrada e antigas jazidas para extração de material terroso, apresentam elevado g</span><span>rau de degradação causada pela erosão </span><span>hídrica, o que é constatado a partir da presença de sulcos e voçorocas.</span><span>O presente trabalho teve como objetivo analisar o </span><span>comportamento hidro</span><span>-</span><span>erosivo de depósitos sedimentares da Formação Macacu expostos </span><span>em </span><span>uma </span><span>jazida</span><span>situada na área</span><span>patrimonial do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, buscando relacionar sedimentologia, hidráulica e erodibilidade. </span><span>Após a interpretação geológica das exposições de sedimentos, realizaram</span><span>-</span><span>se análises granulométricas e mineralógicas, e</span><span>nsaios </span><span>de permeabilidade, avaliações dos espaços porais e ensaios de erodibilidade. Reconheceram</span><span>-</span><span>se cinco diferentes fácies </span><span>sedimentares, lamitos arenosos e argilosos das fácies </span><span>La1</span><span>e </span><span>La2</span><span>, arenitos com estratificação cruzada acanalada das fácies </span><span>Aca1</span><span>e </span><span>Aca</span><span>2</span><span>, e arenitos maciços da fácies </span><span>Am</span><span>. A organização em ciclos granodecrescentes e a existência de fácies lamosas laminadas </span><span>a maciças e arenosas, com estratificação cruzada acanalada, linhas de seixos de quartzo e concentrações de concreções </span><span>lateríticas, fora</span><span>m características bastante similares às encontradas tanto nos depósitos adjacentes, dentro da Ilha do </span><span>Governador, como em outros depósitos da Formação Macacu. A similaridade composicional, textural, das características </span><span>permoporosas e da erodibilidade das f</span><span>ácies </span><span>Aca1</span><span>, </span><span>Aca2</span><span>e </span><span>Am,</span><span>e a relativa distinção com as das fácies </span><span>La1</span><span>e </span><span>La2</span><span>possibilitaram </span><span>a definição de duas zonas de comportamento hidro</span><span>-</span><span>erosivo homogêneo, marcadas pela presença de mecanismos específicos, </span><span>de maneira análoga ao conceito de hidrofácies. A </span><span>Zona I, constituída pelos lamitos, representa um aquitardo, mais erodível e </span><span>menos permeável em relação às fácies arenosas, gerando formas côncavas e incisões verticais profundas, em alguns casos </span><span>seguindo planos de fraturamento, laminação, ou estruturas de </span><span>contração. A Zona II, constituída pelos arenitos, representa </span><span>aquífero pobre com menor erodibilidade em relação à Zona I, esta última resultante da presença do cimento diagênico</span><span>hematítico/goethítico</span><span>, formando patamares e totens acima dos lamitos, e controlando a erosão local, cujo caminho se inicia <span>por</span><span>sulcos estreitos e profundos que, quando atingem os lamitos, avançam até maiores profundidades. As duas zonas </span><span>delimitadas apresentaram características</span><span>permoporosas médias muito similares às obtidas para hidrofácies </span><span>correlacionáveis</span><span>descritas na literatura, e em termos de erodibilidade também apresentaram grande concordância com padrões já observados</span><span>.</span></span></p> |
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doaj-b17eab074ccf451fa4c1fc26e184b36d2021-09-28T18:05:48ZengUnião da Geomorfologia BrasileiraRevista Brasileira de Geomorfologia1519-15402236-56642021-06-0122310.20502/rbg.v22i3.1924637Comportamento hidro-erosivo de depósitos sedimentares da Formação Macacu situados na Ilha do Governador-RJHugo Portocarrero0Tácio Mauro Pereira de Campos1Aluísio Granato de Andrade2Raphael Rodrigues Brizzi3Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJPontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUCEmbrapa Solos - RJ.Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ.<p><span>A Ilha do Governador, inserida no contexto do Gráben</span><span>da Guanabara, é marcada pela presença de exposições de </span><span>depósitos sedimentares paleogênicos pertencentes à Formação Macacu. </span><span>Tais exposições, atualmente evidentes</span><span>em cortes de </span><span>estrada e antigas jazidas para extração de material terroso, apresentam elevado g</span><span>rau de degradação causada pela erosão </span><span>hídrica, o que é constatado a partir da presença de sulcos e voçorocas.</span><span>O presente trabalho teve como objetivo analisar o </span><span>comportamento hidro</span><span>-</span><span>erosivo de depósitos sedimentares da Formação Macacu expostos </span><span>em </span><span>uma </span><span>jazida</span><span>situada na área</span><span>patrimonial do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, buscando relacionar sedimentologia, hidráulica e erodibilidade. </span><span>Após a interpretação geológica das exposições de sedimentos, realizaram</span><span>-</span><span>se análises granulométricas e mineralógicas, e</span><span>nsaios </span><span>de permeabilidade, avaliações dos espaços porais e ensaios de erodibilidade. Reconheceram</span><span>-</span><span>se cinco diferentes fácies </span><span>sedimentares, lamitos arenosos e argilosos das fácies </span><span>La1</span><span>e </span><span>La2</span><span>, arenitos com estratificação cruzada acanalada das fácies </span><span>Aca1</span><span>e </span><span>Aca</span><span>2</span><span>, e arenitos maciços da fácies </span><span>Am</span><span>. A organização em ciclos granodecrescentes e a existência de fácies lamosas laminadas </span><span>a maciças e arenosas, com estratificação cruzada acanalada, linhas de seixos de quartzo e concentrações de concreções </span><span>lateríticas, fora</span><span>m características bastante similares às encontradas tanto nos depósitos adjacentes, dentro da Ilha do </span><span>Governador, como em outros depósitos da Formação Macacu. A similaridade composicional, textural, das características </span><span>permoporosas e da erodibilidade das f</span><span>ácies </span><span>Aca1</span><span>, </span><span>Aca2</span><span>e </span><span>Am,</span><span>e a relativa distinção com as das fácies </span><span>La1</span><span>e </span><span>La2</span><span>possibilitaram </span><span>a definição de duas zonas de comportamento hidro</span><span>-</span><span>erosivo homogêneo, marcadas pela presença de mecanismos específicos, </span><span>de maneira análoga ao conceito de hidrofácies. A </span><span>Zona I, constituída pelos lamitos, representa um aquitardo, mais erodível e </span><span>menos permeável em relação às fácies arenosas, gerando formas côncavas e incisões verticais profundas, em alguns casos </span><span>seguindo planos de fraturamento, laminação, ou estruturas de </span><span>contração. A Zona II, constituída pelos arenitos, representa </span><span>aquífero pobre com menor erodibilidade em relação à Zona I, esta última resultante da presença do cimento diagênico</span><span>hematítico/goethítico</span><span>, formando patamares e totens acima dos lamitos, e controlando a erosão local, cujo caminho se inicia <span>por</span><span>sulcos estreitos e profundos que, quando atingem os lamitos, avançam até maiores profundidades. As duas zonas </span><span>delimitadas apresentaram características</span><span>permoporosas médias muito similares às obtidas para hidrofácies </span><span>correlacionáveis</span><span>descritas na literatura, e em termos de erodibilidade também apresentaram grande concordância com padrões já observados</span><span>.</span></span></p>http://www.lsie.unb.br/rbg/index.php/rbg/article/view/1924comportamento hidro-erosivosedimentologiahidráulicaerodibilidade. |