Summary: | OBJETIVO: analisar a associação da gravidez na adolescência com o baixo peso ao nascer (BPN). MÉTODOS: foram incluídas todas as pacientes que tiveram parto num hospital terciário universitário do Maranhão no período de julho a dezembro de 2006, alocando-as em dois grupos: adolescentes (dez a 19 anos de idade) e adultas (20 a 34 anos). As variáveis estudadas foram: cor, escolaridade, situação conjugal, renda familiar, número de consultas no pré-natal, idade gestacional no início do pré-natal, local do pré-natal, duração da gestação, tipo de parto e peso ao nascer. Os dados foram processados no programa Epi-Info, versão 3.4.1, e foram analisadas as associações entre as variáveis pela razão dos produtos cruzados, a Odds Ratio (OR), com intervalo de confiança (IC) de 95%; utilizaram-se também modelos de regressão logística. O nível de significância adotado foi de 0,05. RESULTADOS: foram avaliadas 1.978 pacientes. Verificou-se freqüência de 25,4% de partos em adolescentes, que apresentaram baixa escolaridade, ausência de companheiro, menor número de consultas no pré-natal, início tardio do pré-natal, BPN e prematuridade. Realizando a análise, tendo como variável desfecho o BPN e associação com prematuridade (OR=29,0), verificou-se nítida associação com baixo número de consultas do pré-natal (OR=2,98; IC95%= 2,23-4,00) e início tardio do pré-natal (OR=1,91; IC95%=1,3-2,6), baixa escolaridade (OR=1,95; IC95%=1,4-2,5) em relação com a adolescência (OR=1,50; IC95%=1,1-1,9). Obtiveram-se resultados similares quando se excluiu a variável prematuridade. As adolescentes tiveram menor incidência de cesárea (33,3%) que as adultas (49,4%), com diferença significativa, além de menor associação com pré-eclâmpsia e desproporção céfalo-pélvica. CONCLUSÕES: a gravidez na adolescência esteve associada a início tardio do pré-natal e baixo número de consultas pré-natal, além de baixa escolaridade, BPN e menor incidência de desproporção céfalo-pélvica e pré-eclâmpsia.<br>PURPOSE: to analyze the association of pregnancy in adolescence with low birth weight (LBW). METHODS: all the patients who gave birth in a teaching Hospital at Maranhão State from July to December 2006 were included in the study and were split in two groups: adolescents (ten to 19 years old) and adults (20 to 34 years old). The variables studied were: skin color, schooling, marital status, family income, number of pre-natal appointments, gestational age at the onset of pre-natal assistance, place where they spend that period, gestation duration, delivery route and birth weight. Data were processed by the Epi-Info program, 3.4.1 version, and the associations between variables were analyzed by the Odds Ratio (OR), with a confidence interval (CI) of 95%. Models of logistic regression were also used. The significance level adopted was 0.05. RESULTS: 1,978 patients were evaluated. A ratio of 25.4% of deliveries in adolescents was observed; they presented low level of schooling, no mates, low number of pre-natal appointments, late onset of pre-natal assistance, low birth weight and prematurity. In the analysis of LBW as end variable, associated to prematurity (OR=29.0), it was clear the association with low number of pre-natal appointments (OR=2.98; 95%CI=2.23-4.00), pre-natal late onset (OR=1.91; 95%CI=1.3-2.6) and low schooling (OR=1.95; 95%CI=1.4-2.5) related to adolescence (OR=1.50; 95%CI=1.1-1.9). Similar results were obtained when the prematurity variable was excluded. Adolescents showed lower incidence of caesarean section (33.3%) than adults (49.4%), a significant difference, besides lower association with pre-eclampsia and cephalo-pelvic disproportion. CONLUSIONS: pregnancy in adolescence was associated to pre-natal late onset and low number of appointments, besides low schooling, low birth weight and a lower incidence of cephalo pelvic disproportion and pre-eclampsia.
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