Summary: | Diante do crescimento da população idosa, do aumento da longevidade, e, por conseguinte, do aumento de aposentados nessa faixa etária, este artigo pretende responder quais são as implicações da aposentadoria na construção da identidade do idoso. Para tanto, foi realizada uma revisão de literatura referente aos estudos sobre o tema, que abordassem de forma sócio histórica a relação entre velhice, aposentadoria, trabalho e identidade. A partir disso, foi possível compreender que a forma como a velhice foi sendo concebida, juntamente com a aposentadoria, influenciou consideravelmente a identidade do idoso, atribuindo-lhe um papel de inatividade e decadência social. Entretanto, mesmo com a construção de uma nova posição subjetiva da velhice contemporaneamente, relacionada aos direitos sociais, atividades e prazeres, percebe-se que o idoso ainda vivencia temores diante da aposentadoria. Esse cenário é consequência de uma possível perda da identidade profissional do indivíduo, que por muito tempo, estruturou sua subjetividade, seus hábitos e relações sociais. Assim, a emergência de orientação psicológica em programas de preparação para a aposentadoria se faz necessária, pois compreende que cada sujeito vivenciará a aposentadoria de forma singular, e por isso, é fundamental o planejamento para essa nova etapa da vida, com o intuito de prevenir as possíveis implicações psicossociais nessa fase.
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