Summary: | Desde os primórdios que há registros da relação entre os processos de trabalho e sua influência sobre a saúde e o adoecimento das populações. O trabalho realizado pelos motoristas profissionais é feito por turnos irregulares, longas jornadas diárias com repercussões à saúde. A jornada de trabalho acarreta sobrecarga psicofisiológica e mental, evidenciando-se no aparecimento de sintomas e sinais de doenças crônicas e agudas. O objetivo geral da pesquisa foi traçar o perfil sociodemográfico dos motoristas de transportes de lotação e conhecer a qualidade de vida desses profissionais. Tratou-se de um estudo transversal descritivo e exploratório de abordagem qualitativa com realização de entrevistas semiestruturadas com 34 membros de uma Cooperativa da categoria na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte/Brasil. Os resultados mostraram que as suas condições de vida se caracterizam por excesso de horas trabalhadas, doenças cardiovasculares e psicossociais, além de outros agravos à saúde e ausência de cuidados preventivos. O custo cognitivo e afetivo imposto aos trabalhadores refletem sobre a organização do trabalho. Deve existir maior investimento na melhoria da saúde e da qualidade de vida desses profissionais.
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