A crise da representação e o contrato de veridicção no romance

Este trabalho tem o objetivo de mostrar que a chamada crise da representação deve ser analisada, dentro de uma teoria geral do discurso, como uma alteração do contrato veridictório que preside à elaboração do texto. Para isso, examina os contratos que regem a feitura dos romances, bem como as marcas...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: José Luiz FIORIN
Format: Article
Language:English
Published: Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo 2008-07-01
Series:Revista do GEL
Subjects:
Online Access:https://revistadogel.gel.org.br/rg/article/view/142
Description
Summary:Este trabalho tem o objetivo de mostrar que a chamada crise da representação deve ser analisada, dentro de uma teoria geral do discurso, como uma alteração do contrato veridictório que preside à elaboração do texto. Para isso, examina os contratos que regem a feitura dos romances, bem como as marcas textuais que permitem apreendê-los, para mostrar a mudança que se operou na literatura moderna, a substituição de um contrato objetivante por um contrato semiótico, o que significa que o romance moderno se apresenta como discurso e não como representação da realidade, o que lhe permite pôr em questão todas as verdades estabelecidas. A pós-modernidade parece trazer uma nova crise da representação e, por isso, ela requer um novo contrato semiótico, o metalingüístico, que é analisado em seus traços gerais.
ISSN:1806-4906
1984-591X