Summary: | RESUMO A deformidade em equino leva a diversos transtornos da marcha, ao causar alterações no apoio do pé e afetar regiões anatômicas mais distantes, como o joelho, quadril e tronco. Geralmente é secundária à retração, encurtamento ou espasticidade do tríceps sural, de modo que algumas intervenções cirúrgicas podem ser necessárias para corrigi-la. Trata-se de um dos procedimentos mais antigos da Ortopedia, antes realizado apenas no tendão calcâneo e que, ao longo do tempo, evoluiu com técnicas diferentes de acordo com o grau de deformidade, doença de base e perfil do paciente. Busca-se corrigir a deformidade, com a menor interferência possível na força muscular e, com isso, diminuir a incidência de complicações, como marcha agachada, arrastada e pé calcâneo. Do ponto de vista anatômico, o tríceps sural apresenta cinco regiões que podem ser abordadas cirurgicamente para correção do equino. Em virtude da complexidade do paciente com equino, os ortopedistas devem ter experiência com ao menos uma técnica em cada zona. Neste texto são abordadas e analisadas criticamente as técnicas mais importantes para correção do equino, principalmente de modo a evitar complicações. Foi realizada uma busca sobre técnicas cirúrgicas mais comuns de correção do equino em livros clássicos e identificação e consulta aos artigos originais. Em seguida, fez-se uma busca em bases de dados nos últimos dez anos.
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