Prevalência de anticorpos séricos contra rubéola em doenças autoimunes Prevalence of rubella serum antibody in autoimmune diseases

INTRODUÇÃO: A associação entre infecções e doenças autoimunes (DAIs) está bem descrita na literatura médica. Vários agentes infecciosos foram implicados como indutores de respostas autoimunes, tais como o parvovírus B19, o vírus Epstein-Barr, o citomegalovírus e os vírus da hepatite. PACIENTES E MÉT...

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Bibliographic Details
Main Authors: Arie Altman, Martine Szyper-Kravitz, Nancy Agmon-Levin, Boris Gilburd, Juan-Manuel Anaja, Ori Barzilai, Maya Ram, Nicola Bizzaro, Ljudmila Stojanovich, Jan Damoiseaux, Jan Willem Cohen Tervaert, Stefano Bombardieri, Howard Amital, Ari Shamis, Yehuda Shoenfeld
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Reumatologia 2012-06-01
Series:Revista Brasileira de Reumatologia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042012000300002
Description
Summary:INTRODUÇÃO: A associação entre infecções e doenças autoimunes (DAIs) está bem descrita na literatura médica. Vários agentes infecciosos foram implicados como indutores de respostas autoimunes, tais como o parvovírus B19, o vírus Epstein-Barr, o citomegalovírus e os vírus da hepatite. PACIENTES E MÉTODOS: Foram examinamos 1.173 soros de pacientes com 14 doenças autoimunes diferentes e 238 soros de controles saudáveis pareados geograficamente na busca por evidência de infecção rubeólica prévia. Todas as amostras foram testadas para a presença de anticorpos séricos contra rubéola usando-se o sistema Bio-Rad BioPlex 2200. RESULTADOS: Como um grupo, os pacientes com DAIs apresentaram maior prevalência de anticorpos IgM antirrubéola em comparação aos controles saudáveis (11,7% versus 5,4%; P = 0,001). A prevalência de anticorpos IgM antirrubéola foi significativamente maior em 5/14 DAIs, a saber: arterite de células gigantes (33,3%), cirrose biliar primária (24%), síndrome antifosfolipídica (20,6%), polimiosite (16%) e doença intestinal inflamatória (16%). Detectou-se prevalência semelhante de anticorpos IgM antirrubéola nos controles de diferentes países. Detectou-se alta prevalência de anticorpos IgG antirrubéola em pacientes com DAIs (89,9%) e controles. CONCLUSÃO: A prevalência aumentada de anticorpos IgM antirrubéola em DAIs sugere que a rubéola possa desempenhar um papel na etiopatogênese de várias DAIs.<br>INTRODUCTION: The association between infections and autoimmune diseases (AID) has been well described in the medical literature. Several infectious agents have been implicated as inducers of autoimmune responses, such as Parvovirus B19, Epstein-Barr virus, cytomegalovirus, and hepatitis viruses. PATIENTS AND METHODS: We examined 1,173 sera from patients with 14 different AID and 238 sera from geographically matched healthy controls, for evidence of prior infection with rubella. All samples were tested for the presence of serum antibodies against rubella using the Bio-Rad BioPlex 2200 system. RESULTS: As a group, patients with AID had a higher prevalence of IgM anti-rubella antibodies as compared to healthy controls (11.7% versus 5.4%; P = 0.001). The prevalence of IgM anti-rubella antibodies was significantly higher in 5/14 AID, namely in patients with giant cell arteritis (33.3%), primary biliary cirrhosis (24%), antiphospholipid syndrome (20.6%), polymyositis (16%), and inflammatory bowel disease (16%). A similar prevalence of IgM anti-rubella antibodies was detected among controls from different countries. A high prevalence of IgG anti-rubella antibodies was detected among patients with AID (89.9%) and controls. CONCLUSION: The increased prevalence of IgM anti-rubella antibodies in AID suggests a possible role for rubella in the etiopathogenesis of several AID.
ISSN:0482-5004
1809-4570