Summary: | Introdução: A qualidade da água nos serviços de hemodiálise é fundamental para evitar riscos à saúde de pacientes com insuficiência renal. Objetivo: Monitorar a qualidade microbiológica de amostras de água tratada de serviços de hemodiálise, na cidade do Rio de Janeiro. Foram coletadas 480 amostras para análise microbiológica (cinco pontos de coleta) e 192 para pesquisa de endotoxinas (dois pontos) nas inspeções de 96 clínicas de hemodiálise, entre 2016 e 2018, pela Vigilância Sanitária do município do Rio de Janeiro. Método: Metodologias descritas na Farmacopeia Brasileira, na RDC nº 11/2014 e na Portaria de Consolidação nº 5/2017. Resultados: Vinte por cento de amostras do ensaio microbiológico apresentaram número elevado de bactérias aeróbias (> 100 UFC/mL) e 24% das amostras da análise de endotoxinas (LAL) apresentaram valores acima do preconizado (> 0,25 EU/mL). Setenta e oito por cento das clínicas (75/96) foram insatisfatórias, 41 por apresentarem alta contagem de bactérias heterotróficas e 34 pela detecção de endotoxinas pelo LAL. Foram identificados 563 isolados por testes bioquímicos confirmatórios, Pseudomonas aeruginosa (35,5%), Burlkolderia cepacia (21,3%), Stenotrophonomas maltophilia, (19,1%), Acinetobacter baumannii (15,1%) e Ralstonia pickettii (9,0%). Conclusões: Nossos resultados nos permitem concluir que o monitoramento sistemático da qualidade da água nos serviços de hemodiálise é essencial para proporcionar segurança e evitar agravos à saúde de pacientes.
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