A pornografia como libertação: resistência aos construtos de gênero na narrativa das personagens Glauco Mattoso e Joe

O presente trabalho visa analisar a obra lírica do autor brasileiro Glauco Mattoso, com ênfase nos sonetos que apresentam elevado teor autobiográfico, buscando, a partir dessa análise, contrastar as características do eu lírico do personagem Glauco Mattoso com aquelas da personagem Joe, protagonista...

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Bibliographic Details
Main Authors: Diego Ravarotto da Costa, Luciana Paiva Coronel
Format: Article
Language:deu
Published: Universidade Federal de Santa Maria 2017-07-01
Series:Literatura e Autoritarismo
Online Access:https://periodicos.ufsm.br/LA/article/view/27987
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spelling doaj-ae24ff1800b1438a8d1e9de0aef12f1b2020-11-24T22:53:20ZdeuUniversidade Federal de Santa MariaLiteratura e Autoritarismo1679-849X1679-849X2017-07-0102010.5902/1679849X2798713235A pornografia como libertação: resistência aos construtos de gênero na narrativa das personagens Glauco Mattoso e JoeDiego Ravarotto da Costa0Luciana Paiva Coronel1Universidade do Rio Grande - FURGUniversidade do Rio Grande - FURGO presente trabalho visa analisar a obra lírica do autor brasileiro Glauco Mattoso, com ênfase nos sonetos que apresentam elevado teor autobiográfico, buscando, a partir dessa análise, contrastar as características do eu lírico do personagem Glauco Mattoso com aquelas da personagem Joe, protagonista de Ninfomaníaca (2014), longa metragem escrito e dirigido pelo cineasta dinamarquês Lars von Trier. Partindo dessas vozes, uma do gênero masculino e outra do gênero feminino, objetivamos a identificação de características em suas personalidades que divergem daquelas ditadas pelos construtos de gênero referentes à sociedade atual. Para ambos, essas características divergentes encontram-se no papel que desempenham em suas relações sexuais: Glauco, masoquista e podólatra, encontra-se em uma posição de submissão durante o ato sexual; Joe, por outro lado, além de assumir sua sexualidade – atitude polêmica quando desempenhada por uma mulher –, também assume posição dita masculina em suas relações, não só sexuais, como amorosas, ao ser dominadora. Tais características, portanto, servem de resistência aos ditames de gênero, contrariando-os e insistindo que ao gênero está imbricada a fluidez. Quanto ao aporte teórico da pesquisa, levamos em consideração os escritos de Lauretis (1987), Figueiredo (2013) e Maingueneau (2010).https://periodicos.ufsm.br/LA/article/view/27987
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