Redes de sociabilidade e política: mestres de obras e associativismo no Recife oitocentista

<p>http://dx.doi.org/10.5007/1984-9222.2010v2n4p109</p><p>No Brasil, a Constituição de 1824 extinguiu as corporações de ofício. Apesar da determinação legal, muitos costumes corporativos sobreviveram no Recife oitocentista. Valores como trabalho bem feito, h...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Marcelo Mac Cord
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) 2010-03-01
Series:Revista Mundos do Trabalho
Subjects:
Online Access:http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/18427
Description
Summary:<p>http://dx.doi.org/10.5007/1984-9222.2010v2n4p109</p><p>No Brasil, a Constituição de 1824 extinguiu as corporações de ofício. Apesar da determinação legal, muitos costumes corporativos sobreviveram no Recife oitocentista. Valores como trabalho bem feito, honra, treinamento, perícia e inteligência continuaram a ser cultivados pelos mestres de ofício daquela cidade. Para escapar dos estigmas da escravidão e do “defeito mecânico”, um grupo de artífices de pele escura criou uma associação que lhes proporcionaria o desejado aperfeiçoamento artístico e socorros mútuos. Além de suprir necessidades cotidianas, a nova entidade também visava ao reconhecimento dos talentos e virtudes de seus membros. Adotando um discurso “modernizador”, esses artífices especializados conseguiram transformar sua associação em um importante agente político e pedagógico, controlar alguns setores do mercado da construção civil no Recife, garantir importantes conquistas pessoais e ascender socialmente. Este artigo discute o processo de formação dessa entidade.<br /><br /></p>
ISSN:1984-9222