Summary: | Este ensaio propõe a discussão sobre a performance para além de suas dimensões transitórias e espontâneas, pensando no material a ser performado a partir de sua dimensão textual (técnicas, estéticas e valores), que, como espectro, circula sobre o imaginário de certa comunidade e se manifesta durante a performance, incorporando-se no corpo social. A partir de autores como Shelemay e Appadurai, é possível entender as práticas performativas como representações e encenações destes textos e, ao mesmo tempo, como formas de introjetá-los nos sujeitos, criando unidade dentro de tal comunidade, promovendo assim sua reprodução. Sendo assim, é possível imaginar a performance como uma reencenação de antigos valores e significados que voltam, como reminiscências imaginárias, a andar entre os vivos, moldando suas histórias.
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