A institucionalização médica do parto no Brasil The medical institutionalization of childbirth in Brazil

Trata-se de abordar o conceito de institucionalização da atenção à saúde, em especial da Saúde da Mulher, como forma de poder hegemônico na atenção, especificamente na assistência institucional ao parto. O trabalho descreve as estratégias de implantação da hegemonia institucional sobre o corpo femin...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Elizabeth Eriko Ishida Nagahama, Silvia Maria Santiago
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva 2005-09-01
Series:Ciência & Saúde Coletiva
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232005000300021
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publisher Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
series Ciência & Saúde Coletiva
issn 1413-8123
1678-4561
publishDate 2005-09-01
description Trata-se de abordar o conceito de institucionalização da atenção à saúde, em especial da Saúde da Mulher, como forma de poder hegemônico na atenção, especificamente na assistência institucional ao parto. O trabalho descreve as estratégias de implantação da hegemonia institucional sobre o corpo feminino, exercidas através das políticas de saúde e das práticas de atenção médica. O poder do Estado na institucionalização da atenção é registrado no decurso da reconstrução histórica dos programas de saúde materno infantil das décadas de 1920 a 1980, na qual se identificou que o controle ideológico sobre a saúde das mulheres traduziu-se em formas de controle da sua sexualidade como veículo da reprodução. Nas práticas de atenção médica, abordam-se as questões da hegemonia do poder médico e a medicalização do corpo feminino. O processo de hospitalização do parto foi fundamental para a apropriação do saber nesta área e para o desenvolvimento do saber médico, culminando com o estabelecimento da medicalização do corpo feminino.<br>The object of this study was to point the concept of the establishment of attention in health, especially to the woman’s health as a tool of the hegemonic power on attention, specifically in the institutional assistance to the delivery. This work describes the strategies of the institutional hegemony implementation on the female body employed through the Politics in health and practices in medical attention. The power of the State in the establishment of attention is recorded during the historical reconstruction of the maternal and infant health programs of the twenties and eighties, where it was identified that the ideological control of women’s health represented ways of control of their sexuality as a reproduction tool. At the practices in medical attention it was discussed questions about the hegemony of the medical power and the female body medication. The delivery hospitalizing process was fundamental to knowledge acquisition in this area and to the development of the medical knowledge, and indeed culminated with the establishment of the medication of the female body.
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