Summary: | Resumo: Este estudo objetivou analisar a inserção da Medicina Tradicional e Complementar no SUS e sua integração com a atenção primária à saúde. Realizou-se pesquisa qualitativa baseada em dados institucionais, artigos indexados e estudos de casos em municípios brasileiros selecionados: Campinas (São Paulo), Florianópolis (Santa Catarina), Recife (Pernambuco), Rio de Janeiro e São Paulo. A análise foi realizada na perspectiva da inserção da Medicina Tradicional e Complementar na rede assistencial e sua integração com a atenção primária à saúde, por meio das seguintes dimensões: presença da Medicina Tradicional e Complementar na agenda municipal; posição nos serviços; modo de acesso; praticantes; tipos de práticas; perfil da demanda; potencial de expansão no SUS. Foram identificados e caracterizados quatro tipos de inserção e integração da Medicina Tradicional e Complementar, associados ou não: Tipo 1 - na atenção primária à saúde via profissionais das equipes de saúde da família - Integrada; Tipo 2 - na atenção primária à saúde via profissionais de exercício exclusivo - Justaposta; Tipo 3 - na atenção primária à saúde via equipes matriciais - Matriciada; Tipo 4 - em serviços especializados - Sem integração. A combinação dos tipos 1 e 3 foi considerada uma diretriz potencial para a expansão da Medicina Tradicional e Complementar no SUS e pode orientar o crescimento e sua integração na atenção primária à saúde. A crescente presença da Medicina Tradicional e Complementar no SUS demanda pensar estrategicamente sua expansão, e não devem ser desperdiçadas as experiências existentes.
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