Romance engajado, folhetim/melodrama e metaficção: A Hora da Estrela
Neste artigo, estudaremos a utilização de recursos do romance folhetim, do melodrama, do romance social neo-realista e de um repertório kitsch na construção de A hora da estrela, de Clarice Lispector. Nossa hipótese de leitura é a de que por meio da articulação de recursos e procedimentos caracterís...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Spanish |
Published: |
Universidade Federal do Ceará
2016-01-01
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Series: | Revista de Letras |
Online Access: | http://periodicos.ufc.br/index.php/revletras/article/view/2342 |
Summary: | Neste artigo, estudaremos a utilização de recursos do romance folhetim, do melodrama, do romance social neo-realista e de um repertório kitsch na construção de A hora da estrela, de Clarice Lispector. Nossa hipótese de leitura é a de que por meio da articulação de recursos e procedimentos característicos de tais gêneros romanescos e, também, de recursos estruturais do conto maravilhoso e da chamada notícia miúda (fait divers), a escritora tensiona a polaridade arte de vanguarda X kitsch característica do Modernismo. Ambiguamente, reafirma tal polaridade para melhor questionar a hierarquia de valores dela derivada. Neste sentido, Clarice Lispector estabelece, no plano metaficcional de seu romance, uma crítica a determinadas utopias da arte moderna que balizaram alguns dos parâmetros de avaliação da crítica literária brasileira no século XX. As análises da construção e dos nomes das personagens e do recurso a estereótipos, clichês e frases feitas será o objeto que evidenciará nossa hipótese de leitura crítica do texto. Palavras-chave: Folhetim, kitsch, metaficção |
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ISSN: | 0101-8051 2358-4793 |